Economia

Dívida externa pressiona os países em desenvolvimento

Alerta foi feita pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud)
Dívida externa pressiona os países em desenvolvimento
Crédito: Reprodução Adobe Stock

Cidade do Cabo – A crise da dívida enfrentada pelas economias mais pobres do mundo está atingindo novos patamares e o serviço da dívida está consumindo uma parcela maior das receitas em detrimento dos gastos com desenvolvimento, alertou nesta terça-feira (25) o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Um novo acordo multilateral de alívio da dívida que inclua todos os credores “merece séria atenção”, disse o Pnud em um documento.

Os pagamentos de juros sobre a dívida excederam 10% da receita do governo em 56 nações em desenvolvimento – quase o dobro do número de países em comparação com uma década atrás, de acordo com o relatório do Pnud publicado no momento em que os ministros das Finanças do G20 e os presidentes de bancos centrais iniciam sua reunião na África do Sul.

Desses, 17 países gastaram mais de 20% da receita em pagamentos de juros – ultrapassando um limite fortemente vinculado ao risco de inadimplência, disse o Pnud. O aumento do ônus do serviço da dívida ultrapassou níveis que não eram vistos há mais de duas décadas, afirmou.
“As compensações entre dívida e desenvolvimento ameaçam uma década perdida de progresso no desenvolvimento para muitas das nações mais pobres do mundo”, disse o administrador do Pnud, Achim Steiner.

A dívida externa dos 31 países mais pobres com alto risco de endividamento foi de pouco mais de US$200 bilhões, o equivalente a menos de um terço da alocação de 2021 dos direitos especiais de saque do Fundo Monetário Internacional (FMI), uma moeda de reserva internacional, que foi principalmente para as nações ricas.

Os países ricos concordaram em recanalizar direitos especiais de saque (DES) não utilizados de volta ao FMI para que o fundo pudesse emprestá-los a taxas abaixo do mercado para países de baixa renda.

Reportagem distribuída pela Reuters

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