Economia

Dnit investe R$ 1 bilhão na manutenção de rodovias em Minas Gerais

Dos R$ 20 bilhões investidos pela autarquia em estradas federais, Estado recebeu R$ 512 milhões em 2023 e R$ 500 milhões até agora em 2024
Dnit investe R$ 1 bilhão na manutenção de rodovias em Minas Gerais
As rodovias federais localizadas no Estado classificadas como boas no ICM passaram de 42,2% em dezembro de 2022 para 58% em outubro deste ano | Crédito: Diário do Comércio / Mara Bianchetti

De dezembro de 2022 a outubro de 2024, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) investiu R$ 20 bilhões na conservação e manutenção das rodovias federais. Deste total, mais de R$ 1 bilhão foi destinado à malha rodoviária de Minas Gerais, sendo R$ 512 milhões em 2023 e R$ 500 milhões nos dez primeiros meses deste ano.

A expectativa da autarquia é encerrar o atual exercício com investimentos entre R$ 650 milhões e R$ 700 milhões em serviços para preservar e reparar as estradas no Estado. Já para 2025, a meta é superar o volume de aportes do ano em curso ou mantê-lo.

As informações são do superintendente do Dnit em Minas Gerais, Antônio Gabriel. Ele diz que as aplicações da União e o trabalho do órgão têm melhorado a situação da malha rodoviária mineira, que é altamente relevante para o Brasil e estava deficitária.

“Além da questão principal, a de trazer mais segurança para o usuário transitar, há uma importância econômica. Com rodovias melhores, o tempo e o custo de transporte diminuem”, destaca, ao pontuar os benefícios de as vias estarem em condições ideais.

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Ilustrando a transformação que Antônio Gabriel mencionou, fruto dos investimentos do governo federal e das ações executadas pelo Departamento nos últimos 22 meses, as rodovias federais localizadas no Estado classificadas como boas no Índice de Condição da Manutenção (ICM) da autarquia passaram de 42,2% em dezembro de 2022 para 58% em outubro deste ano. Ao mesmo tempo, as estradas analisadas como péssimas caíram de 22% para 5%.

Um trecho é considerado bom pelo ICM quando, por exemplo, não há trincas e afundamentos no pavimento, a sinalização está adequada e a faixa domínio roçada/limpa. Já a extensão rodoviária é analisada como péssima quando possui grandes buracos e afundamentos e não dispõe de acostamento, de acordo com o superintendente regional.

No levantamento do Dnit, ainda constam mais duas classificações intermediárias: regular e ruim. As estradas federais que passam por Minas Gerais avaliadas como regulares subiram de 26% para 27%, ao passo que as categorizadas como ruins permaneceram em 10%.

Autarquia quer elevar o índice de estradas boas para acima de 75% da malha mineira

Conforme Antônio Gabriel, a autarquia tem a expectativa de encerrar 2024 com pelo menos 65% das rodovias federais da malha mineira classificadas como boas na pesquisa. Para o futuro, o objetivo é que o índice de estradas boas seja atribuído a mais de 75% dos segmentos no Estado, e os outros 25% sejam basicamente categorizados como regulares, deixando os índices de vias ruins ou péssimas próximos de zero.

O superintendente explica que esses níveis seriam positivos, considerando que Minas Gerais tem uma malha rodoviária bastante extensa, com quase 5,2 mil quilômetros.

“Temos a missão de manter o que já melhorou e avançar com algumas outras melhorias, como de adequação de capacidade, construção de acostamentos onde não tem, criação de terceiras faixas e, dependendo da possibilidade, trabalhar em alguns pontos com duplicação, como temos previsto no planejamento da BR-365. Essa é a grande meta já para 2025”, diz.

Concebido pelo Dnit com o objetivo de proporcionar o aumento da segurança em toda a malha rodoviária federal, por meio da implantação e manutenção da sinalização horizontal, vertical e dispositivos de segurança, o programa BR-Legal destinará mais de R$ 400 milhões às rodovias federais em Minas Gerais nos próximos dois anos. O montante faz parte dos investimentos previstos para a manutenção das estradas.

O superintendente regional sublinha que alguns trabalhos podem começar ainda neste ano. Segundo ele, são intervenções que mudam a percepção dos usuários sobre as estradas.

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