Economia

Dólar tem queda e Ibovespa recupera parte de perdas

São Paulo – O dólar fechou ontem com leve baixa ante o real, sob influência do mercado externo e com algum movimento de correção após nova pesquisa de intenções de votos mostrar que candidatos mais à esquerda não ganharam tanta tração na corrida à Presidência.

O dólar recuou 0,21%, a R$ 4,1455 na venda, depois de saltar 1,48% na véspera. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,10% no fim do dia. Na mínima do dia, a moeda norte-americana foi a R$ 4,1107 e, na máxima, marcou R$ 4,1538.

Efeito Ibope – “A pesquisa Ibope revelou um quadro mais positivo para os candidatos reformistas do que a pesquisa Datafolha do dia anterior”, citou a casa de análises Levante Ideias de Investimentos.

Pesquisa Ibope divulgada na noite de terça-feira (11) mostrou que Ciro Gomes (PDT) tinha 11% das intenções de voto, sobre 12% antes, Marina Silva (Rede), obteve 9% (12% antes) e Fernando Haddad, substituto de Luiz Inácio Lula da Silva na chapa do PT, ficou com 8%, de 6% antes. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

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Bolsonaro liderava a disputa pelo Palácio do Planalto com 26% das intenções de voto para o primeiro turno, sobre 22% da pesquisa anterior, poucos dias depois de ter sido esfaqueado durante evento de campanha. A pesquisa mostrou também o presidenciável mais competitivo nas simulações de segundo turno.

O levantamento Datafolha, divulgado antes, teve uma leitura mais negativa pelo mercado, já que a oscilação de Bolsonaro foi tímida e os candidatos com perfil mais à esquerda se destacaram.

“É intuitivo pensar que a pesquisa Ibope esteja mais inclinada a favorecer Bolsonaro por conta do ataque sofrido pelo candidato na última quinta-feira, mas ainda assim, sua rejeição é alta o suficiente para gerar uma cortina de incertezas quanto ao segundo turno”, comentou a corretora CM Capital Markets, ao lembrar que o Datafolha foi a campo no dia 10 e divulgou a pesquisa no mesmo dia, enquanto o Ibope colheu as informações entre 8 e 10 de setembro, mais próximo do ataque sofrido por Bolsonaro.

No fim da tarde, a queda do dólar perdeu força após notícia no site Poder 360 de que o candidato ao Senado Luiz Carlos Heinze (PP-RS) declarou apoio a Bolsonaro, o que pode significar um racha na base eleitoral da vice de Geraldo Alckmin (PSDB), a senadora Ana Amélia.

“Houve uma zeragem de posições vendidas no final da tarde”, comentou um gestor de derivativos de uma corretora nacional ao citar a notícia.

“Isso acaba fragmentando a direita”, acrescentou um operador de derivativos de outra corretora nacional, lembrando que Alckmin reuniu o maior apoio, o que lhe deu também o maior tempo de rádio e televisão, mas, mesmo assim, sua candidatura não consegue decolar.

Ele é tido pelo mercado como o candidato mais comprometido com as contas públicas.
No mercado externo, o dólar recuava ante uma cesta de moedas e também ante moedas de países emergentes, como o peso chileno, com os investidores de olho na guerra comercial entre Estados Unidos e seus parceiros, principalmente a China.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 3,815 bilhões do total de US$ 9,801 bilhões que vence em outubro.

Ibovespa – O principal índice acionário da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou o pregão de ontem em alta de 0,63%, com 75.124 pontos, também invertendo a baixa no fechamento de terça-feira. As ações de empresas de grande porte puxaram o avanço, com Petrobras valorizada em 2,43%, Vale, 1,64%, e Eletrobras com alta de 4,73%. (Reuters/ABr)

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