Eco050 investiu mais de R$ 2,5 bi na BR-050, entre Minas Gerais e Goiás, em 11 anos

Em janeiro de 2014, a BR-050, entre Minas Gerais e Goiás, passou a ser administrada pela Eco050, concessionária do grupo EcoRodovias. Desde então, o trecho de 436,6 quilômetros (km) que liga Delta, no Triângulo Mineiro, e a cidade goiana de Cristalina, recebeu mais de R$ 2,5 bilhões em investimentos em obras, avanços tecnológicos e serviços operacionais.
Segundo informações da empresa, os aportes viabilizaram, por exemplo, a implementação de 207 km de novas pistas, 24 dispositivos de retorno em desnível, quatro passarelas, 13 mil placas de sinalização, 1,9 km de faixas horizontais e 273 km de defensas metálicas.
Em 11 anos de operação, a companhia também realizou mais de um milhão de atendimentos aos usuários e gerou repassou R$ 120,6 milhões aos nove municípios cortados pela estrada em Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), recolhido sobre a receita de pedágio – o trecho tem seis praças, sendo três em Minas Gerais e a outra metade em Goiás.
Os valores destinados para as cidades mineiras foram: R$ 26,1 milhões (Uberaba), R$ 15,7 milhões (Araguari), R$ 13,9 milhões (Uberlândia) e R$ 4,1 milhões (Delta). As goianas receberam: R$ 22,9 milhões (Campo Alegre de Goiás), R$ 18,1 milhões (Catalão), R$ 8,9 milhões (Ipameri), R$ 5,9 milhões (Cristalina) e R$ 5 milhões (Cumari).
Aportes em ampliação de capacidade se concentraram em Goiás e em conservação em Minas
Conforme o diretor-superintendente da Eco050, Matheus Fernandes, as inversões em ampliação de capacidade se concentraram em Goiás. Isso porque, quando a empresa assumiu a estrada, o trecho mineiro estava 100% duplicado e o goiano tinha pistas simples.
“Pelo fato de ter toda a pista duplicada, os investimentos em Minas Gerais foram mais pontuais, como melhorias no pavimento, sinalização e construção de dispositivos de retorno”, pondera, ao fazer um balanço do que a companhia já executou na rodovia.
Ele afirma que, por outro lado, o esforço operacional e de conservação foi mais acentuado em Minas Gerais, porque o tráfego de veículos é mais intenso nos trechos do Estado.
Duplicação integral da rodovia deverá ser finalizada até agosto
Fernandes destaca que o trecho administrado pela Eco050 tem grande relevância, algo que pode ser observado pela diversidade de escoamento de cargas. Ele pontua que o agronegócio é forte na região de abrangência, mas veículos carregados de alimentos e de equipamentos da construção civil, por exemplo, também trafegam pela estrada.
Além disso, o diretor salienta que a fatia da BR-050, de Delta a Cristalina, é um corredor importante para o Brasil, por estar entre São Paulo e Brasília. Dessa forma, ter 100% da pista duplicada é relevante para o desenvolvimento econômico do País e para a segurança dos inúmeros usuários da rodovia – mais de 70 mil veículos passam pela via diariamente.
Diante disso, ele destaca que estão em andamento as obras para duplicação de 11 km do trecho da estrada no perímetro urbano de Catalão (Goiás). As intervenções devem ser finalizadas em agosto deste ano e, quando isso acontecer, o trecho estará 100% duplicado.
Revisão contratual deve resultar na inclusão de novas obras e melhorias
Para 2025, a concessionária também tem programado investimentos voltados para segurança e melhoria da fluidez da BR-050, como a recuperação do pavimento de Uberaba, próximo de Delta, e a construção de duas passarelas no município mineiro, diz Fernandes.
De acordo com o diretor, a Eco050 está em tratativas com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para a revisão do contrato de concessão, que tem prazo de trinta anos de duração. A renegociação, prevista para ser concluída ainda no primeiro trimestre, deve resultar na inclusão de novas intervenções e melhorias na rodovia.
“Ainda temos quase 20 anos de contrato para um trecho relevante do ponto de vista econômico. Então tem investimentos que não estão previstos no contrato e que a gente entende, junto à ANTT, que seriam importantes, como a construção de novas passarelas, áreas de escape e pontos de paradas e descanso (PPDs) para caminhoneiros”, explica.
Segundo Fernandes, a empresa está discutindo com a autarquia para incluir no contrato após a revisão, a construção de duas áreas de escape em Minas Gerais, ambas entre as cidades de Uberlândia e Araguari, em um trecho de serra, com tráfego intenso de caminhões.
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