Economia

Brasileiros estão mais otimistas com a economia do País

O estudo ainda revelou que 41% dos entrevistados acreditam que o acesso ao crédito aumentará nos próximos meses
Brasileiros estão mais otimistas com a economia do País
A pesquisa mostrou que 40% dos brasileiros esperam estar menos endividados até o fim deste ano | Crédito: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

A maioria dos brasileiros (53%) espera por melhorias na economia do País ainda este ano. Além disso, 41% acham que o cenário atual está melhor do que no ano passado. É o que aponta a pesquisa Radar Febraban de junho.

O levantamento foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), a pedido da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com 2 mil pessoas em todo o Brasil.

O estudo ainda revelou que 41% dos entrevistados acreditam que o acesso ao crédito aumentará nos próximos meses e 37% estão com expectativas de que o poder de compra também cresça, diante da melhora da economia.

O educador financeiro e diretor de novos negócios da Multimarcas Consórcios, Fernando Lamounier, explica que esse cenário de esperança está ligado à redução da inflação. “O aumento das expectativas deve-se ao recuo da inflação, que garante o poder de compra do brasileiro diante do cenário atual do País”, diz.

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Mesmo assim, mais da metade dos entrevistados (51%) relatou ter algum tipo de dívida no momento. Durante a realização do levantamento, 40% disseram que esperam estar menos endividados até o fim deste ano e 36% acreditam que permanecerão na mesma situação.

Quanto ao mercado de trabalho, a pesquisa realizada pela Febraban/Ipespe mostrou que 39% dos entrevistados acreditam que o desemprego diminuirá ainda em 2023.

Desenrola Brasil

Ao todo, 45% responderam que já conhecem o Programa Desenrola Brasil do governo federal, criado para renegociar dívidas e desafogar o orçamento das famílias. Porém, esse resultado cai para 39% entre pessoas com baixa escolaridade e para 28% entre os jovens de 18 a 24 anos.

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, o programa contribuiu para a redução na proporção de lares endividados, passando de 78,5% em junho para 78,1% em julho. Essa foi a primeira queda desde novembro de 2022.

Já na parcela da população com renda familiar de três a cinco salários mínimos mensais, a fatia caiu 0,7 ponto porcentual (p.p.), passando de 79,3% para 78,6%. Na faixa de cinco a dez salários mínimos mensais, a queda também foi de 0,7 p.p., recuando de 78,1% para 77,4%. Enquanto entre aqueles com até três salários mínimos, a parcela cresceu 0,2 p.p., 79,2% para 79,4%.

Para Lamounier, para além do Desenrola, a educação financeira deve ser incentivada em prol da economia do País. A falta de consciência sobre os gastos ocasiona no endividamento de muitos jovens que não conseguem manter as finanças pela ausência de instrução apropriada.

“Esta compreensão beneficia não apenas o detentor do dinheiro, mas todos ao redor. A educação financeira e o planejamento para realização de grandes projetos necessita de mais investimentos no Brasil, pois é desta forma que caminharemos para uma diminuição mais expressiva no número de endividados”, explica.

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