Eletrobras amplia prazo para plano de demissão consensual após adesão de 733 empregados

São Paulo e Brasília – A Eletrobras ampliou o prazo para o Plano de Demissão Consensual (PDC) na empresa e em suas controladas após 733 empregados já terem se desligado voluntariamente, o que representa economia de R$ 254 milhões ao ano, segundo informou ontem a companhia.
Ao lançar o plano, em março, a meta era de desligamento de 3 mil colaboradores em todas as empresas da Eletrobras. Em comunicado, a companhia destacou que o novo período de inscrições do PDC vai até 26 de outubro, com os desligamentos ocorrendo em turmas mensais até dezembro.
O plano é válido para Eletrobras Cepel, CGTEE, Chesf, Eletronuclear, Eletronorte, Amazonas GT, Eletrosul e Furnas, além da própria holding.
“A reabertura do plano de desligamento se dá pela crescente automação adotada nas empresas Eletrobras, pela utilização de um sistema de gestão empresarial (ERP) unificado nas companhias e também pela criação de um Centro de Serviços Compartilhados”, afirmou a companhia no comunicado.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
“Além disso, a redução de quadro de pessoal busca um alinhamento dos custos da Eletrobras às tarifas, evitando prejuízos operacionais no futuro”, acrescentou.
Em meio a um arrastado processo de privatização, a elétrica reafirmou que o PDC já estava previsto nas iniciativas de eficiência operacional e disciplina financeira que vem sendo implementadas na companhia desde 2016 e redundaram na elaboração dos planos “Desafio 21” e “Desafio 22”.
São elegíveis ao PDC empregados que tenham, no mínimo, 10 anos de vínculo empregatício com a empresa, no momento do desligamento; ou anistiados e reintegrados à elétrica por meio da Comissão Especial Interministerial de Anistia, sem exigência de tempo mínimo de casa, explicou a Eletrobras na nota.
Votação – Após sucessivos adiamentos, o Senado pode votar hoje o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 77/18 que facilita a venda das distribuidoras da Eletrobras. O texto chegou a entrar na pauta na semana passada, mas não foi votado por falta de quórum. O texto também trata da repactuação para o pagamento dos débitos do risco hidrológico (GSF, na sigla em inglês), resultante do aumento do déficit de geração das usinas hidrelétricas.
Das seis distribuidoras, o governo já realizou o leilão de quatro: Companhia Energética do Piauí (Cepisa), leiloada em julho; Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron) e Boa Vista Energia, que atende a Roraima, em agosto.
A aprovação do projeto busca destravar o leilão da Amazonas Distribuidora de Energia, adiado para 25 de outubro. Já a Companhia Energética de Alagoas teve a privatização suspensa por decisão judicial devido a uma disputa entre o governo de Alagoas e a União.
Em agosto, após acordo dos senadores, a votação do texto foi adiada para depois do primeiro turno das eleições, no dia 7 de outubro. Os senadores deverão se posicionar favoravelmente a um dos dois relatórios aprovados: o do senador Eduardo Braga (MDB-AM), votado pela Comissão de Infraestrutura; e o dos senadores Romero Jucá (MDB-RR) e Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Este último não modifica o texto aprovado pela Câmara dos Deputados e que é favorável a privatização das distribuidoras. Já o relatório de Braga retira, do rol de empresas a serem privatizadas, a Amazonas Distribuidora. (Reuters e ABr)
Ouça a rádio de Minas