Economia

Eletrobras republica balanço do 1º trimestre

Eletrobras republica balanço do 1º trimestre
Crédito: Divulgação

São Paulo – O conselho de administração da Eletrobras aprovou a integralização, por sua subsidiária Furnas, da totalidade das ações da Madeira Energia – controladora da Santo Antônio Energia – que eventualmente sobrarem após um aumento de capital que pode não ser acompanhado pelos demais sócios no empreendimento.

Na sexta-feira (27), a elétrica republicou seu balanço do primeiro trimestre, “no contexto da oferta pública de ações a ser realizada pela companhia”, para incluir uma revisão da avaliação do auditor independente em relação à Santo Antônio, alertando para possível inadimplência.

A Santo Antônio Energia, que controla uma usina hidrelétrica de mesmo nome no rio Madeira (RO), deve realizar um aumento de capital de cerca de R$ 1,5 bilhão até o fim deste mês para fazer frente a uma decisão arbitral desfavorável.

No entanto, sócios da empresa podem não acompanhar a operação – a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), por exemplo, já declarou ao mercado que não fará o aporte correspondente à sua participação de 8,53% na Madeira Energia.

Além de Cemig e Furnas – que detém a maior fatia do capital da Madeira Energia, com 43,06%–, são acionistas na empresa a Novonor (antiga Odebrecht, com 18,25%), Caixa FIP Amazônia Energia (19,63%) e SAAG (veículo da Andrade Gutierrez, com 10,53%).

Segundo comunicado da Eletrobras divulgado na quinta-feira, titulares de debêntures de Furnas terão que aprovar a realização do aumento de capital na Madeira Energia. Uma assembleia de debenturistas foi marcada para 30 de maio.

Caso não obtenha essa aprovação, a Eletrobras alertou que a dívida representada pelas debêntures deverá ser declarada antecipadamente vencida, «o que poderá causar um efeito adverso relevante em Furnas e na Companhia em decorrência de inadimplemento ou vencimento antecipado cruzado (cross acceleration ou crossdefault) de suas dívidas”.

No formulário de informações trimestrais (ITR) atualizado na sexta-feira, a Eletrobras aponta que, se não obtiver os «waivers”, poderá não ser capaz de cumprir a maioria de suas obrigações de pagamento.

“Da mesma forma, a companhia acredita que não terá recursos suficientes para quitar a maior parte de sua dívida caso ela se torne imediatamente vencida e exigível e para continuar a implementar seu plano de negócios, o que comprometeria suas operações, condição financeira e resultados operacionais”.

Em 31 de março, a dívida total de Furnas era de cerca de R$ 7 bilhões.

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