Emplacamentos crescem em outubro frente setembro em Minas

Impulsionado pelas locadoras, os emplacamentos de veículos automotores novos cresceram em Minas Gerais em outubro frente setembro, conforme levantamento do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos de Minas Gerais (Sincodiv-MG), com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), divulgados ontem (4).

Foram 72.176 emplacamentos no décimo mês de 2024, um aumento de 12,16% em relação ao mês anterior, quando foram contabilizadas 64.352 vendas no Estado. Em termos percentuais, o crescimento em Minas superou o nacional, que registrou alta de 9,6% na comparação com setembro.

No País, outubro foi o melhor mês de 2024 para os emplacamentos de veículos automotores, até o momento, com 452,8 mil unidades emplacadas. A alta, segundo a Fenabrave, foi favorecida pelo maior número de dias úteis (23 dias em outubro, contra 21 em setembro).

 Já na comparação com outubro de 2023, o resultado mineiro foi de recuo de 1,74%.  Em outubro do ano passado, os emplacamentos somaram 73.455. Nesse tipo de análise, o desempenho nacional foi superior, com alta de 20,63%.

“O cenário é de crescimento durante o ano, superando os 500 mil emplacamentos”, destacou o presidente do Sincodiv-MG, Mauro Pinto de Moraes Filho. No acumulado do ano, a alta é de 2,32%, com 547.791 emplacamentos em Minas Gerais, com a maior contribuição do segmento de automóveis e comerciais leves, já que a participação chegou a 72,69%, seguida pelas motocicletas (21,14%). Os caminhões foram responsáveis por 3,12% dos emplacamentos nesse período e os reboques por 3,05%.

Novamente, o resultado nacional ficou acima do verificado no Estado. No acumulado dos 10 meses no País, a alta nos licenciamentos, sobre igual período do ano passado, foi de 16,4%, chegando bem próxima da expectativa projetada para o ano pela Fenabrave, que prevê alta de 16,8% para todo o setor, no ano de 2024.

Locadoras colaboram no resultado – Moraes Filho ressaltou o impacto das vendas diretas para as locadoras de veículos no Estado em outubro. Elas responderam por 73% dos emplacamentos totais em Minas, seguida pelas concessionárias (11%), o restante é relativo aos estoques (16%).  No décimo mês do ano, as vendas diretas locadoras e outras somaram 41.135, enquanto que as que contemplam estoques e vendas diretas das concessionárias chegaram a 15.266.

Conforme já divulgado pelo Diário do Comércio, o setor de locação de veículos está em franco crescimento e deve fechar 2024 com uma alta entre 8% e 10% no faturamento ante o resultado de 2023. A mudança de cultura das organizações e das próprias pessoas tem aumentado o consumo desse tipo de produto e ampliado a aderência do serviço, conforme o diretor-executivo do Sindicato das Empresas Locadoras de Automóveis do Estado de Minas Gerais (Sindloc), Leonardo Soares.

No levantamento do Sincodiv-MG, considerando o resultado de outubro frente setembro do mesmo ano, todos os segmentos analisados apresentaram expansão, com a venda de caminhões registrando o crescimento mais expressivo, com 15,86%, seguido pelos automóveis e comerciais leves, com alta de 13,99%. Os reboques superaram (8,57%) superaram as motocicletas (4,25%). 

Na análise de outubro de 2024 frente o mesmo mês de 2023 e no acumulado do ano, as vendas de automóveis e comerciais leves tiveram recuo de 5,45% e 1,32%, respectivamente. Enquanto que nas demais categorias os resultados foram de expansão.

O maior percentual de expansão no décimo mês deste ano ante igual período de 2023 foi computado pelo segmento de caminhões (32,30%), seguido pelas motocicletas (12,51%) e reboques (9,85%). Os caminhões também se destacaram com relação ao crescimento no acumulado do ano, com alta de 21,79%, seguido pelas motocicletas (13,17%) e reboques (7,67%).

O presidente do Sincodiv-MG diz que a perspectiva para novembro é de bons resultados, o que historicamente acontece nesta época do ano, impulsionado pelo pagamento da primeira parcela do 13º salário. Por outro lado, ele observa que há o impacto negativo da taxa de juros elevada, além do reflexo dos feriados neste mês que refletem na quantidade de dias úteis.