Emplacamentos de veículos têm queda de 25,86% em Minas Gerais

As vendas de veículos em Belo Horizonte e em Minas Gerais avançaram em fevereiro na comparação com janeiro. Entretanto, os números ainda são negativos quando se compara as comercializações feitas nos dois primeiros meses de 2021 com o mesmo período de 2020, quando o País ainda não havia sido fortemente atingido pela pandemia da Covid-19.
Os dados da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram que foram comercializados 36.904 veículos no Estado em fevereiro, o que representa alta de 5,32% em relação a janeiro (35.039). Na capital mineira, a alta foi de 24,70%, com 22.321 comercializações em fevereiro, contra 17.900 em janeiro.
Entretanto, em Belo Horizonte, quando se compara o mês de fevereiro deste ano com o mesmo período de 2020 (36.659), houve retração de 39,11%. No acumulado do ano, o recuo foi de 35,75%, com 40.221 comercializações nos dois primeiros meses deste ano e 62.602 no mesmo período do ano passado.
Em Minas Gerais, por sua vez, a retração foi de 25,86% quando se compara fevereiro de 2021 com fevereiro de 2020 (49.779). Na comparação entre os dois primeiros meses deste ano (71.943) com o mesmo período do ano passado (94.530), o recuo registrado foi de 23,89%.
Segmentos
Ainda de acordo com os dados divulgados pela Fenabrave, a categoria que mais apresentou incremento em Minas Gerais em fevereiro na comparação com janeiro foi a de ônibus (30,72%), com 217 comercializações no mês passado contra 166 no primeiro mês do ano.
Posteriormente, os maiores crescimentos foram registrados na categoria de automóveis (17,63% e 22.817 comercializações), de implemento rodoviário (12,01% e 485 comercializações), de comercial leve (8,38% e 6.287 comercializações) e em outros (3,25% e 1.269 comercializações).
Por outro lado, duas categorias apresentaram queda no Estado em fevereiro na comparação com janeiro. O recuo mais representativo foi registrado em moto (-29,05% e 4.971 comercializações). Caminhão também apresentou queda (-14,80% e 858 comercializações).
Em Belo Horizonte, por sua vez, na mesma base de comparação, o maior avanço foi registrado em comercial leve (32,42% e 3.860 comercializações). Também apresentaram incremento automóveis (27,96% e 17.253 comercializações), outros (25,81% e 78 comercializações) e implemento rodoviário (16,67% e 7 comercializações).
Do lado das quedas ficaram caminhão (-51,60% e 151 comercializações), ônibus (-24,14% e 22 comercializações) e moto (-13,08% e 950 comercializações).

Emplacamentos têm queda de 16,7% no Brasil
As vendas de veículos novos no Brasil voltaram a recuar em fevereiro, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos (Fenabrave) divulgados ontem.
Os emplacamentos recuaram 2,2% no comparativo com janeiro e 16,7% em relação a fevereiro do ano passado, para 167,38 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus.
Com isso, no primeiro bimestre o setor mostra retração de 14,2% ante mesma etapa de 2020, a 338,5 mil veículos emplacados.
Além de restrições à comercialização por causa de retorno de medidas de isolamento social em muitas cidades do País, o setor aponta falta de componentes como entrave à oferta.
“A falta de disponibilidade de peças e componentes ainda persiste, fazendo com que algumas fábricas tivessem de paralisar, temporariamente, a produção em fevereiro, afetando, de forma importante, a oferta de produtos”, disse em comunicado o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.
Considerando apenas o estado de São Paulo, os dados da entidade apontam para licenciamentos de 38.262 carros e comerciais leves em fevereiro, ante 52.235 unidades emplacadas no mesmo período de 2020.
Com isso, o acumulado de vendas no primeiro bimestre no maior mercado de veículos do País aponta queda de 19,4% na comparação anual.
O mercado global de veículos tem sido afetado por escassez de chips, decorre de fatores incluindo fechamento de unidades de produção por dois meses por causa da pandemia e aumento na demanda do setor de eletrônicos de consumo, também gerada por impactos das medidas de isolamento social.
Na véspera, o sindicato de metalúrgicos de São José dos Campos (SP) afirmou que a General Motors anunciou plano para layoff de 600 funcionários da fábrica na região, citando falta de peças para produção.
A escassez de microprocessadores deverá reduzir a produção global de veículos no primeiro trimestre em mais de 670 mil unidades e deve durar até o terceiro trimestre, segundo dados da empresa de pesquisa de mercado IHS Markit. Já a AutoForecast Solutions atualizou em fevereiro estimativa para perda de produção de quase 1,3 milhão de veículos este ano pela indústria global de veículos.
Os segmentos de automóveis e comerciais leves, somados, apresentaram queda de 17,85% em fevereiro de 2021 (158.237 unidades), nos emplacamentos, se comparados com o mesmo período do ano passado (192.610 unidades). Com relação ao mês de janeiro, quando foram licenciadas 162.556 unidades, houve queda de 2,66%.
No acumulado do ano, a retração foi de 14,85%, totalizando 320.793 unidades, contra os 376.722 emplacamentos, registrados no mesmo período de 2020.
“Mesmo com o cancelamento do feriado de Carnaval e os esforços feitos pelas montadoras para normalizar a produção, o mês de fevereiro fechou em baixa, o que já era esperado, dadas as dificuldades, com paralisações por escassez de peças e componentes, que fazem com que haja falta de alguns modelos no mercado”, analisou Assumpção Júnior.
Caminhões – As vendas de caminhões continuam aquecidas. Em fevereiro, foram emplacados 7.719 veículos, 18,46% acima do resultado de igual mês de 2020 (6.516 unidades).
Já na comparação com janeiro de 2021, quando foram emplacadas 7.262 unidades, houve crescimento de 6,29% e, no acumulado do ano (14.981 unidades), o resultado ficou positivo em 9,37%, quando comparado a igual período do ano anterior (13.697 unidades). (Com informações da Reuters)
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