Emplacamentos de veículos em Minas crescem 7,17% em janeiro

Minas Gerais registrou crescimento de 7,17% no emplacamento de veículos em janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado. No total, foram comercializados 38.288 veículos no Estado, com destaque para a categoria de automóveis e comerciais leves, que somou 23,6 mil unidades, um avanço 5,65% na mesma base de comparação, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
O segmento de caminhões e ônibus também apresentou desempenho positivo, com avanço de 12,66%, enquanto o setor de motocicletas cresceu 9,39% no período. Em contrapartida, a venda de implementos rodoviários, que inclui carretas, semirreboques e cegonhas, registrou queda de 21,3% no Estado.
Em Belo Horizonte, os resultados contrastam com a média estadual e apresentaram um início de ano com leve retração nas vendas. A capital mineira registrou queda de 0,16% na comercialização de veículos em janeiro, totalizando 16.446 unidades vendidas.
De acordo com o diretor regional da Fenabrave, Camilo Lucian, apesar dos resultados positivos na totalidade, o setor também apresentou indicadores que preocupam, como uma participação menor de “Automóveis” e “Comerciais leves” na fatia total de vendas de veículos em Minas Gerais. Em janeiro deste ano, as duas categorias corresponderam por 61,73% do total de comercializações, enquanto que em 2024 o percentual era de 62,62%.
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Já “Caminhões e Ônibus” e “Motocicletas” seguem ampliando a participação no mercado. Atualmente, as categorias contam 4,18% e 30,37% respectivamente de participação em solo mineiro, enquanto no ano passado o percentual alcançado foi de 3,98% e 29,76%.
Apesar de uma redução sazonal em janeiro, na comparação com dezembro, a queda acentuada de 45,33% em vendas também surpreendeu negativamente a categoria. “Em janeiro os emplacamentos costumam ser menor, mas não nessa magnitude”, destaca o diretor da Fenabrave.
Fatores típicos do primeiro mês do ano, como compras de fim de ano e viagens de férias, estão entre os principais motivos apontados para a retração. Além disso, as locadoras – que possuem uma fatia significativa de responsabilidade na compra de veículos – tendem a adquiri-los em maior quantidade no último trimestre do ano, impactando também nos números.
Alta na taxa de juros pode afetar desempenho nas vendas de veículos em Minas Gerais
A alta na taxa básica de juros (Selic) é outro desafio que preocupa a categoria. “É um segmento que depende muito do crédito. Quando os juros sobem, dificultam ainda mais o acesso ao crédito para motoristas”, pontua Lucian.
Com previsão de chegar a 14,25% em março e até 15% no final do ano, as expectativas quanto ao futuro seguem indefinidas. Alguns segmentos, como motocicletas, veículos agrícolas e caminhões são encarados como extremamente dependentes do crédito, com financiamentos que podem chegar a 50% do valor total do veículo.
“Até o que temos conversado e visto, 2025 será novamente um desafio. Temos que trabalhar bastante com promoções e atrações para aumentar volume e atender os clientes”, finaliza.
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