Economia

Empreendedorismo feminino: crescimento e geração de renda que transforma realidades

Empreendedorismo feminino: crescimento e geração de renda que transforma realidades
Crédito: Divulgação

Há oito anos, a empreendedora Rafaela, 31, estava desempregada, grávida e com perspectiva limitada de futuro. Precisava de sustento e fazia questão de cuidar da filha de perto. Conseguir um emprego parecia sonho distante e ela precisava de resolver o agora.

Motivada pela responsabilidade de ser mãe, pelo desejo de tornar-se profissional de sucesso e ter uma vida melhor, começou a vender produtos de bem estar e beleza da Akmos, holding multinível do setor de bem-estar e beleza.

A experiência começou com o bebê no colo. E as vendas foram crescendo junto com Melissa. Antes que a menina fizesse um ano, Rafaela tinha aberto a primeira franquia. Hoje ela tem duas lojas da marca, uma em Goiânia e outra em Brasília, que movimentam R$ 600 mil por meio das vendas a cerca de 5 mil clientes. Noventa por cento delas, mulheres da classe C.

Rafa, como é chamada pelas empreendedoras de seu time de vendas, faz questão de mostrar uma nova possibilidade para cada um de suas colaboradoras.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


“Filho, marido, educação: para mim, tudo isso é motivação. Assim cheguei onde quis, ainda estou crescendo e quero levar aquelas que trabalham comigo a serem empreendedoras de sucesso. Por isso, eu ensino mais que técnicas de negócio. Faço questão de cuidar da autoestima de cada uma dessas mulheres” comenta.

Rafaela Guimarães abriu a primeira franquia motivada pela responsabilidade de ser mãe e o desejo de tornar-se profissional de sucesso | Crédito: Divulgação

O País sabe bem da importância de pessoas como Rafaela. No ano passado, o Brasil bateu o recorde histórico da quantidade de empreendedores da história nacional chegando a 52 milhões de brasileiros que possuem negócio próprio, segundo levantamento da Global Entrepreneurship Monitor, GEM. E cerca de 30% do PIB anual veio daí.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) contabilizou 24 milhões de mulheres empreendendo no Brasil, o que representa 46% do total.

Para a empresária Carolina Saraiva, fundadora da Akmos, um dos principais fatores que levam as mulheres a empreender é a desigualdade de gênero. Por isso, ajudou a criar um modelo de negócio que viabilizasse a comercialização do portfólio de mais de 300 produtos de forma igualitária, para homens e mulheres.

Atualmente, 40% da base de empreendedores que revendem a marca é feminina. “Por ser mulher, sei que conseguimos lidar melhor com as mais diversas pessoas e situações desafiadoras e, tudo isso, com muito amor e dedicação ao que fazemos. Acredito muito no potencial feminino, que só cresce quando estimulado com conhecimento e liberdade de horários. E invisto para que outras mulheres cheguem no topo de seus sonhos porque nossa criatividade, capacidade de liderança e inteligência emocional nos ajuda a multiplicar o conhecimento técnico, transformando-o em dinheiro”, explica a CEO.

A Akmos, liderada por Carolina, conta com mais de 8 mil revendedoras que podem escolher se querem atuar sozinhas, no horário que tiverem disponibilidade, ou formar equipes de vendas, com margens de até a 100% de lucro.

Além disso, a marca oferece treinamento on-line por meio da plataforma Universidade Akmos, para que elas alcancem resultados ainda melhores, e disponibiliza toda a sua infraestrutura para treinamentos e aperfeiçoamento dos grupos de venda.

Criatividade e proatividade que rendem

Segundo pesquisa do Sebrae com a Fundação Getulio Vargas (FGV), feita em 2020, 11% das empreendedoras disseram ter inovado em seus negócios durante a crise, enquanto somente 7% dos homens declararam ter feito alguma mudança nesse sentido em pequenos negócios fundados por homens e mulheres.

Carolina Saraiva | Crédito: Divulgação

Carolina comprovou essa teoria na prática. Depois que assumiu o comando geral, sua empresa registrou um salto no faturamento de 92% da receita no segundo semestre de 2020, em comparação ao primeiro semestre do mesmo ano, com o crescimento mais significativo após o anúncio da pandemia.

E a previsão é que em 2021 o aumento nas vendas seja 40%, comparado ao ano anterior, além da ampliação da rede de franquias e de empreendedores cadastrados.

Ela comenta que para alcançar é preciso acreditar na força feminina: “O potencial feminino reside no perfil multitarefas responsável e criativo de todas nós. Isso ajuda na vida e também nos negócios. Por isso, o empreendedorismo é a cara da mulher!”

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas