Economia

Empresa mineira assina contrato de concessão para explorar petróleo

Estimativa é que a exploração comece em 30 dias e a primeira extração ocorra em março de 2025
Empresa mineira assina contrato de concessão para explorar petróleo
Foto: Reprodução Adobe Stock

A Elysian Petroleum assinou os contratos de concessão junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) para a exploração dos 122 blocos terrestres arrematados em leilão da autarquia federal em dezembro de 2023. A empresa mineira, com sede em Belo Horizonte, investirá cerca de R$ 400 milhões na exploração de petróleo em terra firme no Brasil. Com a assinatura, a estimativa é que a exploração da área comece em cerca de 30 dias e que a primeira extração ocorra em março de 2025.

Dos 122 campos arrematados, 99 estão na bacia Potiguar, 13 na bacia de Sergipe-Alagoas e 10 na bacia do Espírito Santo. Conforme o presidente da  Elysian Petroleum, Ernani Machado, a assinatura ocorreu no dia 18 de julho e, agora, a empresa se prepara para iniciar a exploração dos blocos

Ernani Machado
Machado explica que o avanço tecnológico permitirá uma melhor exploração | Crédito: Arquivo Pessoal

“Assinamos os contratos de concessão dos 122 blocos. O espaço é gigante e são cerca de 3,5 mil quilômetros quadrados. Neste momento, estamos desenvolvendo as tecnologias exploratórias que irão auxiliar na descoberta do petróleo. Também estou formando as equipes técnicas especializadas na área”, apontou ele.

Elysian Petroleum pretende iniciar exploração dos blocos em agosto

A estimativa é iniciar a exploração da área em cerca de 30 dias. Para maior eficiência e assertividade, será essencial o uso de tecnologias. A ideia é iniciar os estudos das bacias de forma simultânea. Para isso, Machado, que também é presidente da JMM Tech, empresa de tecnologia, criou um centro de pesquisas em Belo Horizonte. 

“O centro de pesquisa da JMM Tech é voltado para o desenvolvimento de tecnologias  de petróleo e gás. São softwares, drones para análise de petróleo e gás e câmeras espectrais. Estes equipamentos da JMM serão utilizados na exploração dos campos e, quando aprovados, poderão ser vendidos também para outras empresas do setor”.

Com a tecnologia da JMM, Machado pretende tornar a exploração das áreas mais eficientes e também ampliar a assertividade na localização do petróleo. Assim, a projeção é que a Elysian Petroleum inicie a extração em março de 2025. Inicialmente, a estimativa é produzir 2 mil barris por dia. 

“Nós vamos fazer a exploração agora e, para isso, estamos desenvolvendo as tecnologias para sermos mais assertivos. Utilizando tecnologias e metodologias diferentes, queremos causar o menor danos possível e sermos o mais sustentável possível. Queremos ter lucro, mas não um lucro a qualquer custo. Queremos fazer algo que seja sustentável do ponto de vista social e econômico também”.

Os blocos arrematados pela Elysian Petroleum são maduros, ou seja, houve exploração por outras empresas e há grandes probabilidades de terem petróleo. Machado explica que o avanço tecnológico permitirá uma melhor exploração. 

“Muitos poços feitos pelas empresas anteriores podem ser produtivos. Antes, quando o índice de água chegava a 20% em um poço, ele era abandonado. Mas hoje, com a tecnologia é possível extrair petróleo em poços com índice de água em 99,9%. Estamos desenvolvendo tecnologias também para filtragem dessa água para torná-la potável e poder reutilizá-la no processo de extração, gerando, então, economia de recursos financeiros e um menor uso dos recursos naturais”. 

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas