Empresariado está menos confiante na economia em Belo Horizonte

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG) apurou que a confiança do comércio da capital mineira apresentou recuo em outubro na comparação com setembro.
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), responsável por medir as expectativas dos empresários para os próximos três meses, atingiu 111,2 pontos, contra 113,5 pontos em setembro, o que representa uma variação negativa de 2,3 pontos no período. Contudo, vale ressaltar que, se analisado o mesmo mês em 2020, o indicador cresceu 15,1 pontos percentuais.
Segundo o economista-chefe da Fecomércio-MG, Guilherme Almeida, é importante ressaltar que a confiança é um dos fatores mais importantes para a análise da economia. “A confiança é a base de decisões de famílias para o consumo familiar e de empresários para o investimento produtivo. E consumo familiar e investimento produtivo são os dois pilares de sustentação do crescimento econômico”, afirma o economista.
Ainda segundo Almeida, se os agentes econômicos estão mais confiantes, a tendência é que haja mais consumo e investimentos, o que sustenta o crescimento da economia a curto, médio e longo prazos. No entanto, o economista-chefe da Fecomércio-MG lembra que o cenário inverso pode gerar prejuízos à economia a longo prazo.
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“Quando a confiança desses agentes econômicos está em declínio ou está no campo negativo, a tendência a se consumir, a se comprometer renda futura por meio de financiamentos e a se investir tende a ser cada vez menor, e isso compromete o crescimento econômico do País nos próximos anos”, analisa Almeida.
O economista acrescenta, ainda, que apesar de o Icec não estar abaixo de 100, o que representaria um cenário de pessimismo, o indicador está demonstrando que ainda há um cenário de incertezas que afeta a confiança dos empresários do setor do comércio em meio as altas taxas de juros.
Postos de trabalho e investimentos
A pesquisa da Fecomércio-MG também demonstrou que 65% das empresas de comércio da capital mineira com até 50 empregados pretendem aumentar o número de postos de trabalho. Enquanto isso, apenas 57% daquelas com mais de 50 empregados têm expectativas de aumentar o quadro de funcionários.
No que tange às intenções de redução do quadro de empregados, 35% das empresas com até 50 empregados pretendem demitir, enquanto 42,9% das empresas com mais de 50 empregados pensam em reduzir o número de empregados.
Já em relação aos investimentos, 42,3% das empresas com até 50 empregados afirmam que irão investir nos próximos meses, sendo que o nível de investimentos está maior para 57,9% das empresas com porte maior (com mais de 50 empregados).
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