Empresário industrial brasileiro está menos confiante

Os resultados setoriais do Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) de junho de 2024 foram majoritariamente negativos. A confiança recuou em 19 de 29 setores da indústria e nas indústrias das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e na divisão por porte, o índice recuou nas grandes empresas. O levantamento é da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
No mês, 11 setores da indústria foram classificados com falta de confiança, o maior número desde outubro de 2023, quando 14 setores industriais registravam falta de confiança.
As pequenas indústrias seguem registrando falta de confiança, enquanto as médias e grandes estão confiantes, com resultados de 49,7; 51,5 e 52,5, respectivamente.
De forma detalhada, a confiança da indústria caiu em 19 das 29 áreas pesquisadas em junho e aumentou nos 10 setores restantes. Com isso, seis setores da indústria migraram da confiança para a falta de confiança. Foram eles:
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- Produtos de metal;
- Vestuário e acessórios;
- Metalurgia;
- Celulose e papel;
- Máquinas e equipamentos;
- Biocombustíveis.
Outros três setores da indústria fizeram a transição contrária, da falta de confiança para a confiança. Foram eles: Impressão e reprodução; Calçados e suas partes; e Móveis.
Assim, no mês, 17 setores da indústria registraram confiança, 11 apuraram falta de confiança e um setor se manteve neutro, sem confiança, nem falta dela.
No mesmo período, a confiança da indústria caiu 1 ponto nas grandes empresas, registrou leve avanço nas médias empresas (0,5 ponto) e ficou praticamente estável nas pequenas empresas (-0,2 ponto).
Já sobre as regiões, a confiança da indústria recuou nas regiões Norte (-1,5 ponto), Centro-Oeste (-0,9) e Nordeste (-0,6 ponto). No Sudeste ficou praticamente estável (-0,1 ponto) e no Sul teve leve avanço (0,5 ponto).
Rio Grande do Sul
Com exceção da região Sul, as indústrias de todas as demais regiões do Brasil estão confiantes. Apesar do leve avanço em junho, a indústria da região Sul segue registrando falta de confiança, pelo segundo mês consecutivo, após as enchentes que atingiram o estado gaúcho em maio.
Conforme a CNI, a alta da confiança na região deve-se a uma melhora das expectativas para a empresa, uma vez que a expectativa com relação à economia brasileira seguiu estável no nível pessimista. Ao mesmo tempo, a avaliação das condições atuais continuou piorando, tanto a avaliação acerca da economia brasileira quanto a avaliação da própria empresa.
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