Economia

Empresários da indústria em MG seguem confiantes

Empresários da indústria em MG seguem confiantes
A indústria mineira está mais confiante e a tendência é ampliar os investimentos, já que o Icei registrou um aumento de 0,4 ponto | Crédito: Divulgação/Nakata

A indústria mineira está mais confiante e a tendência é ampliar os investimentos. É o que mostra o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), que registrou um aumento de 0,4 ponto frente a julho (62,4 pontos) e atingiu 62,8 pontos em agosto. Os dados foram divulgados ontem pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

Segundo a economista da Fiemg, Daniela Muniz, o avanço está aliado a questões como a melhora na percepção dos empresários com relação à situação atual da economia e de seus negócios e a normalização das atividades econômicas.

“O que impulsionou esse aumento do índice foi o componente de condições atuais que elevou pelo quarto mês seguido, atingindo 58,3 pontos em agosto, com isso, ele mostrou uma melhora da percepção dos industriais das condições atuais tanto das suas empresas quanto da economia do Estado de Minas e do Brasil. Isso significa uma tendência forte de mais investimento no mercado industrial”, explica a economista.

A pesquisa mostrou ainda um crescimento de 7,9 pontos, ante agosto de 2020 (54,9 pontos), e alcançou o valor mais elevado para o mês desde 2010, quando registrou 63 pontos. O Icei nacional também expandiu entre julho (62 pontos) e agosto (63,2 pontos), em 1,2 ponto, e apontou empresários brasileiros mais confiantes.

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“O componente de expectativa para os próximos seis meses ficou estável entre julho e agosto, embora continue mostrando que o empresário está otimista pelo 14° mês consecutivo, com um índice elevado de 65,1 pontos, ou seja, os empresários da indústria têm perspectivas positivas com relação tanto aos seus negócios quanto em relação à economia do País”, reforça a economista.

Daniela Muniz avalia que o nível elevado no índice de confiança do empresário está relacionado ao cenário benigno no País. “Os números de casos e mortes envolvendo a Covid-19 seguem caindo, o número de vacinação se intensificou. E à medida que a pandemia é controlada, ocorre uma abertura mais ampla da economia. Isso favorece a recuperação da atividade, ou seja, o índice de confiança permanece elevado justamente aliado com o desempenho econômico favorável e com o progresso da campanha de vacinação contra a Covid-19”, pontua.

A pesquisa mostra ainda que o componente de condições atuais aumentou pelo quarto mês seguido, marcando 58,3 pontos em agosto, e sinalizou melhora da percepção dos industriais quanto às condições atuais das empresas e das economias do Estado e do País. O índice cresceu 1,2 ponto frente a julho (57,1 pontos) e 12,6 pontos ante agosto de 2020 (45,7 pontos), sendo o mais alto para o mês desde o início da série histórica mensal, em 2010.

“Nesse momento de crise pandêmica, a economia teve uma recuperação acima do que era esperado, mas os empresários ainda pontuam fatores que podem colocar uma retomada mais robusta da atividade econômica nos próximos meses: a escassez de alguns insumos, a indústria de transformação vem sendo afetada por falta de insumos, isso tem impactado alguns setores com mais intensidade. Como por exemplo, o setor automotivo. Ainda temos o aumento das tarifas de energia elétrica, que já está acontecendo, e temos mesmo o risco de racionamento energético. Esses fatores merecem muita atenção”, avalia a economista da Fiemg.  

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