Empresas devem investir em energia solar e fotovoltaica

Minas Gerais é o maior polo de geração de energia solar do País. O Estado deve receber 20% do total de investimentos em energia fotovoltaica no Brasil, cerca de R$ 10 bilhões, revelam dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). E os mineiros seguem líderes em geração centralizada (GC) de energia solar, tendo uma potência em operação de 2,9 GW, quase o dobro da segunda colocada
Bahia (1,5 GW).

Quem vê números tão expressivos pensa que o mercado é apenas para os gigantes. Porém, esse setor é composto por uma rede de diversos tamanhos. Todos eles de suma importância para o meio ambiente e para a economia sustentável. Para Vitório Semionato, engenheiro membro da Sociedade Mineira de Engenharia e conselheiro da Câmara de Energia da Federação das Indústrias do Estado de Minas
Gerais (Fiemg), é fundamental e urgente que as empresas façam a adesão de energia solar, fotovoltaica ou outras fontes limpas para redução do uso de energias não-renováveis e poluentes.

“A manutenção da vida no planeta passa hoje pelo consumo responsável da energia. Negócios sociais devem atuar ao lado de empresas grandes e das indústrias. Nesse sentido, o uso das energias renováveis é emergencial para que construamos uma lógica econômica longeva na Terra. E também dos negócios”, alerta.

A reportagem especial pelo Dia do Idealista deste mês, celebrado em todos os dias de datas e meses coincidentes como hoje, 06/06, vai aproveitar a semana do Dia Mundial do Meio Ambiente para convocar empresários e cidadãos a aderirem às energias limpas, especialmente solar.

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Vamos mostrar as possibilidades de como a energia fotovoltaica e a energia solar têm fomentado o mercado da energia, sido oportunidade para empresários, cidadãos, comunidades e protegido o meio ambiente. E convocamos todos a ler, a refletir e a interagir com essa ideia implementando o sistema em seus empreendimentos!

Empreender e transformar com energia solar

Rafael Xavier, CEO da Gerasol BH, negócio social que qualifica profissionais, comunidades e pessoas físicas a fabricar, montar e instalar o Aquecedor Solar de Baixo Custo – ASBC, já capacitou mais de 10 mil pessoas, em duas décadas de trabalho. O foco da empresa é vender qualificação e a cultura da energia renovável.

“Nossos cursos técnicos são reconhecidos pelo MEC e formam uma mão de obra qualificada e consciente. Conseguimos formar uma rede de multiplicadores que falam sobre o impacto ambiental no uso da energia solar. Para mim, compartilhar conhecimento é uma forma de impactar positivamente o mundo por meio de um mercado ambientalmente responsável “, explica.

Rafael explica ainda que a empresa também atua com projetos de aquecedor em presídios e outros grupos vulneráveis. Está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS da Organização das Nações Unidas, ONU. E tem como preceito maior colaborar com a prosperidade econômica.

Mercado em expansão

As empresas da Rede Imersol, composta por 10 empresas que comercializam módulos fotovoltaicos para conversão luz do sol em energia elétrica, tiveram uma ampliação exponencial nos últimos dois anos. O crescimento médio anual foi de 100%. Só em 2022, o faturamento foi de cerca de R$ 52 milhões. Este ano, a previsão um crescimento de é de 20%. Atualmente a empresa também tem usinas solares instaladas em Minas Gerais e em mais 20 estados do País, empregando 132 pessoas.

Para Alexandre Gomes Medeiros Andrade – diretor Comercial da Rede Imersol, o crescimento não acompanha oferta de mão de obra, especialmente a qualificada. Por isso, a própria Rede Imersol oferece capacitação.

“Sabemos da importância que temos na formação de um mercado de qualidade. Então, estamos em permanente atualização porque desejamos entregar o melhor produto e serviço. Entendemos a relevância socioambiental que temos e primamos para executá-la cada vez melhor”.

O engenheiro Vitório Semionato reforça que o trabalho de letramento ambiental e expansão dos negócios é tão relevante quanto a expansão da implantação das energias limpas. E deve ser o propósito transversal dos negócios em energia limpa.

“O legado que a empresa de Rafael e de Alexandre deixam é de cunho econômico, ambiental e, especialmente, de educação para a transformação. E isso é tão relevante que bancos e governos oferecem incentivos às empresas que têm esses cuidados. Portanto, devemos também como consumidores e cidadãos, valorizar esses negócios”.

Agenda 2030 nesse conteúdo

A Agenda 2030 é universal, indivisível e integrada. Ela sintetiza as aspirações e integra as dimensões econômica, social e ambiental. Seu lema central, “Ninguém deixado para trás”, baseia-se em cinco princípios orientadores: Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Parcerias (5Ps).

Semionato reitera que os 5 Ps, hoje, constituem o regramento para a qualificação de qualquer projeto e ou negócio como sustentável, de aplicação a nível mundial.

“No Brasil, este conceito já é uma realidade em prática em muitos projetos de impacto para os quais as instituições financeiras de fomento e de aprovação de implantação estão exigindo o atendimento e o cumprimento de tais ODS, assim como o alinhamento à agenda 2030, ou políticas de ESG. Inclusive muitos deles têm operado com taxas de financiamento diferenciadas a menor. E é próspero que o mercado atue assim”.

Comece já!

O Dia do Idealista é uma iniciativa do Movimento Minas 2032 – Pela Transformação Global – criado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO e Instituto Orior para fomentar a Agenda 2030, em parceria com o Idealist.org e a Federação Mineira de Fundações e Associações de Direito Privado (Fundamig).

O DC pretende com esses conteúdos promover o debate e a ação. É aí que entra o Botão de Agir. O instrumento conduz o leitor às oportunidades de ação relacionadas a cada matéria. Nesta reportagem, artigos, informações sobre cursos de qualificação de energia solar e oportunidades de adesão para energia fotovoltaica para empresas de todo porte.