Economia

Relembre as empresas que pediram recuperação judicial no 1° semestre de 2024 no Brasil

Confira alguns casos que tiveram grande repercussão tanto no Estado quanto no País
Relembre as empresas que pediram recuperação judicial no 1° semestre de 2024 no Brasil
Exemplos de empresas que entraram em recuperação judicial no primeiro semestre de 2024. Fotos: DIA Divulgação, Subway Divulgação, Adobe Stock, Reprodução Instagram Casa do Pão de Queijo, Arquivo Coteminas e Via Varejo / Nereu Jr

Muitas foram as marcas que pediram recuperação judicial neste primeiro semestre de 2024, em Minas Gerais e no restante do Brasil: a rede de supermercados Dia, a Coteminas, a Subway, mais recentemente a Casa do Pão de Queijo

Não existem ainda dados consolidados do semestre, que se encerrou no domingo da última semana, mas um levantamento realizado pela RGF Consultoria constatou que o Brasil fechou o primeiro trimestre deste ano com 4.203 empresas em recuperação judicial, o que representa um aumento de 3,9% na comparação com o período anterior.

Desse total, 245 empresas são de Minas Gerais – 7,9% acima do observado nos três últimos meses de 2023.

O Índice de Recuperação Judicial da RGF (IRJ-RGF) ainda apontou que a quantidade de negócios em recuperação judicial no País equivale a 1,87 para cada mil empresas. Já no caso das companhias mineiras, essa taxa é de 1,31 negócios em recuperação judicial para cada mil presentes no Estado.

Relembre, a seguir, os casos que tiveram mais repercussão em 2024, até o momento.

Coteminas

A Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas), sediada em Montes Claros, no Norte do Estado, entrou com pedido de recuperação judicial em maio de 2024. O grupo mineiro tem enfrentado dificuldades com a entrada de produtos importados que chegam ao País com custos reduzidos e sem todos os encargos.

coteminas-salarios
Crédito: Arquivo Coteminas

Dia Brasil

A rede Dia Brasil, braço da varejista espanhola no País, entrou com um pedido de recuperação judicial em março deste ano, poucos dias depois de apresentar seu processo de reestruturação, que acabou sendo aceito pela 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. Recentemente, o Grupo Dia concluiu a venda de 100% de suas operações no Brasil para a MAM Asset Manegement, do Banco Master, de origem mineira.

Rede de supermercados Dia vai fechar unidades no Brasil
Crédito: DIA/Divulgação

Subway

A rede de lanchonetes Subway entrou com um pedido de recuperação judicial na Justiça de São Paulo em março deste ano. De acordo com a empresa, a dívida do negócio é de R$ 482 milhões. Vale ressaltar que o grupo SouthRock, controlador da marca no Brasil, também está em recuperação desde dezembro de 2023.

Unidade da rede subway entra em recuperação judicial
Crédito: Divulgação Subway

Casas Bahia

A varejista Casas Bahia teve seu pedido de Recuperação Judicial aceito pela 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo em abril deste ano. A solicitação cita uma dívida de R$ 4,1 bilhões.

Casas Bahia
Crédito: Via Varejo / Nereu Jr

Polishop

A rede Polishop declarou uma dívida de R$ 352 milhões quando apresentou à Justiça de São Paulo seu pedido de Recuperação Judicial em maio deste ano. A companhia iniciou um plano de reorganização que previa a redução no número de lojas próprias e a ampliação das franqueadas desde 2021.

marca polishop
Crédito: Adobe Stock

Casa do Pão de Queijo

Outra empresa que também entrou com pedido neste ano foi a rede de cafeterias Casa do Pão de Queijo, no fim de junho. O pedido foi aceito pela 1ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem, nele a empresa informa possuir uma dívida de R$ 57,5 milhões.

Recuperação Judicial Casa do Pão de Queijo
Foto: Reprodução Instagram Casa do Pão de Queijo

Gol

Em janeiro deste ano, a companhia aérea Gol entrou com pedido de Chapter 11 na Justiça dos Estados Unidos – equivalente à Recuperação Judicial no Brasil. Na época, a empresa havia apresentado US$ 8,3 bilhões em dívidas.

Foto: REUTERS/Sergio Moraes

Patense avalia pedido

A Indústria de Rações Patense, com sede em Patos de Minas, na região do Alto Paranaíba, também solicitou o bloqueio da execução de dívidas pelo prazo de 60 dias. O objetivo é buscar a mediação com os credores, enquanto avalia pedido de recuperação judicial ou extrajudicial no caso dessas negociações falharem. A dívida da empresa é da ordem de R$ 2,17 bilhões e o pedido foi aceito pela 1ª Vara Cível da Comarca de Patos de Minas.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas