Dia Mundial da Energia: Minas Gerais lidera produção solar no Brasil

Minas Gerais é responsável por um quinto da geração de energia solar no Brasil, com oito gigawatts (GW) de produção atingidos no mês de abril. É o que apontam os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O mercado mineiro é caracterizado pelas ações de estímulo à geração de fontes energéticas limpas e renováveis na esfera pública e pela participação de entidades de diferentes setores do campo privado, dentre eles o cooperativismo.
O presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato, afirma que as cooperativas mineiras estão totalmente engajadas no propósito de contribuir para a redução dos efeitos climáticos. “Somos parceiros nisso e temos projetos referência em geração de energia limpa e sustentável”, destaca.
A entidade é uma das organizações convidadas para os encontros preparatórios para o “Seminário Técnico sobre Crise Climática e seus Impactos em Minas Gerais”, que será promovido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em agosto, em Belo Horizonte.
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Essas reuniões já ocorreram em Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, e em Itajubá, no sul do Estado. Elas também deverão ser realizadas em Juiz de Fora, na Zona da Mata; Governador Valadares, no Vale do Rio Doce; Montes Claros, no Norte de Minas; Uberlândia, no Triângulo Mineiro; e em Unaí, na região Noroeste de Minas Gerais.
De acordo com dados da Aneel, a produção fotovoltaica responde por 21,49% da matriz elétrica do Estado em 2024. A energia solar só fica abaixo da hídrica, com 64,89% do total. Atualmente, Minas possui uma capacidade de geração de 8,38 GW de energia solar, com 4,5 GW de geração centralizada e 3,88 GW de geração distribuída.
Parte desses resultados estão ligados a programas de incentivo ao desenvolvimento desse segmento, como é o caso do Projeto Sol de Minas, lançado em 2019. A iniciativa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) foi a principal responsável pela expansão, para mais de um quinto, da participação da energia solar na matriz elétrica.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas, Fernando Passalio, destaca o papel de medidas como a simplificação de licenciamento ambiental e incentivos fiscais para a cadeia produtiva do setor. “São exemplos de como Minas atuou para impulsionar uma energia limpa e renovável para os mineiros como a solar”, afirma.
Ele ainda lembra que o Estado capacitou 130 prefeituras, para auxiliá-las no desenvolvimento de seus projetos de energia desta modalidade, tornando-as mais sustentáveis e com potencial ainda maior para atrair investimentos.
Desde a implantação do Sol de Minas, conduzido pela Subsecretaria de Atração de Investimentos e Cadeias Produtivas (Subinvest), o estado adicionou 7,89 GW de potência instalada fotovoltaica, de uma potência até então de 500 megawatts (MW), o que representa um crescimento de 1.578%. Com isso, cada um dos 853 municípios mineiros possuem ao menos uma unidade de geração de energia solar fotovoltaica.
Quanto a atração de investimentos privados, o setor já soma um montante de R$ 76,6 bilhões desde 2019. É o que apontam os dados da agência Invest Minas, vinculada à Sede-MG. Dentre eles estão: os R$ 19,6 bilhões em operação da Solatio Energy no Norte de Minas e os
Em atração de investimentos privados do setor solar, a Invest Minas, agência vinculada à Sede-MG, contabiliza de 2019 até agora R$ 76,6 bilhões. Desses, podem ser destacados: R$ 6,1 bilhões da Atlas Brasil, nas regiões Norte e Noroeste do Estado, em fase de implantação.
Produção de energia solar no Brasil
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar), a fonte solar acaba de ultrapassar a marca de 43 GW de potência instalada. O setor de produção de energia solar já atraiu mais de R$ 202 bilhões em novos investimentos e gerou mais de 1,3 milhão de empregos verdes no País.
No período entre os meses de janeiro a maio deste ano, a fonte solar adicionou 6 GW na matriz elétrica nacional. Atualmente, a participação da produção solar equivale a 18,2% da matriz elétrica brasileira.
Conforme levantamento da Absolar, o setor já evitou a emissão de 52 milhões de toneladas de gás carbônico (CO²) na geração de eletricidade no Brasil. Além disso, os negócios no setor solar garantiram mais de R$ 62 bilhões em arrecadação aos cofres públicos desde 2012.
No caso da geração distribuída, são 29,2 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a cerca de R$ 143,4 bilhões em investimentos, R$ 43 bilhões em arrecadação e mais de 876 mil empregos verdes acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do País.
A tecnologia solar é utilizada em 99,9% de todas as conexões de geração centralizada de energia, as grandes usinas solares possuem mais de 13,8 GW de potência no País, com cerca de R$ 58,9 bilhões em investimentos acumulados e mais de 414 mil empregos verdes gerados desde 2012.
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