Energisa cria marca para atuar na área de baixo carbono

Com o objetivo de ser protagonista na transição energética com foco na economia de baixo carbono, o Grupo Energisa lançou uma nova marca, a (re)energisa, que vai agrupar os negócios não regulados de geração descentralizada com renováveis, comercialização de energia e serviços de valor agregado. Pela nova marca, serão feitos cerca de R$ 2,3 bilhões de investimentos em energias renováveis até 2024.
A Alsol Energias Renováveis, a Energisa Comercializadora e a Energisa Soluções e Construções serão integradas, transformando-se em marca única. A atuação será nacional e vai atender empresas de todos os portes nas áreas urbanas e no campo.
Diante de um mercado cada vez mais competitivo, a (re)energisa vai oferecer soluções energéticas. A nova marca também adota o conceito da Energisa para a abordagem ao mercado, o one-stop-shop, concentrando todas as soluções em um só lugar. A estratégia da empresa é protagonizar a transição energética com foco na economia de baixo carbono.
Em nota, a vice-presidente de Soluções Energéticas e líder da (re)energisa, a executiva Roberta Godói, explica que o lançamento da (re)energisa vem em meio a uma visão da Energisa de que o setor elétrico passará por mudanças aceleradas no médio e longo prazos, o que deverá impactar os modelos de negócio das concessionárias.
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“Nesse sentido, estamos dando um importante passo na consolidação do grupo, oferecendo um ecossistema de soluções. A marca surge para posicionar a Energisa como a empresa capaz de atender as demandas trazidas pelos clientes que estão em busca de redução de custos, uso de energia renovável e serviços de gestão com foco no melhor uso da energia”, disse.
Segundo os dados da empresa, os investimentos voltados para as fontes renováveis devem alcançar cerca de R$ 2,3 bilhões em projetos até 2024. A atual capacidade instalada de geração distribuída de 77 MWp será ampliada em mais 460 MWp com a construção de mais de 150 usinas fotovoltaicas nos próximos três anos. A meta é ampliar a base atual de clientes de 2 mil pequenas e médias empresas para cerca de 10 mil.
Também haverá avanços significativos na comercialização de energia no mercado livre. Com os investimentos da Energisa em geração centralizada, será possível ampliar a oferta de energia renovável e a estimativa é sair dos atuais 2% de market share para 12% até 2026 em número de clientes.
Os serviços serão integrados em uma plataforma única, viabilizando uma melhor oferta ao cliente final, já que irá combinar soluções de geração centralizada e descentralizada. Para atender, a (re)energisa contará com o uso intensivo de analytics e inteligência artificial na gestão e recomendação da melhor opção ao consumidor. A empresa também está construindo dois parques solares na Paraíba, chamados de Rio do Peixe 1 e 2, com 78 MWp. A ideia é iniciar os parques com energia limpa, que será 100% comercializada pela (re)energisa.
No que se refere aos serviços de valor agregado, a (re)energisa tem experiência em operação e manutenção de ativos elétricos, industriais, implantação e operação de sistemas on-grid ou off-grid, combinando fontes de energia com armazenamento em baterias de lítio, projetos de eficiência energética, medição e controle de energia, automação e digitalização de ativos elétricos e linhas de produção.
Biogás
Outra iniciativa é o desenvolvimento de projetos de geração de energia a partir de biogás resultante de dejetos animais e vegetais, que permitirão a exploração de outros subprodutos, como CO2 e biofertilizantes, além de ter a produção de biometano como uma alternativa ao biogás.
“Estamos construindo uma revolução na forma como nosso cliente poderá consumir energia. A era de commodities rapidamente ficará para trás”, explicou.
Plano de investimentos
Como já divulgado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, o Grupo Energisa segue com investimentos robustos. Para 2022, a estimativa é investir cerca de R$ 5,60 bilhões no Brasil, sendo R$ 112,4 milhões aplicados na área de concessão da distribuidora em Minas Gerais. O valor é 40% superior ao estimado para 2021.
Em nível nacional, o montante representa o maior aporte da história da empresa em um ano. Do total, R$ 3,8 bilhões serão destinados às concessionárias de energia e R$ 362 milhões aos empreendimentos de transmissão.
Apenas para a geração distribuída solar fotovoltaica, a companhia prevê R$ 1 bilhão em investimentos nos próximos meses, por meio da subsidiária Alsol Energias Renováveis, que foi integrada à (re)energisa. Ao todo, R$ 191 milhões já foram destinados a 15 novas usinas fotovoltaicas, com capacidade instalada de 60 MWp, em 2021, e 78 MWp até março de 2022.
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