Energisa investirá R$ 78 mi em Minas

Os investimentos do Grupo Energisa para Minas devem alcançar cerca de R$ 78 milhões em 2019, com alta em relação a 2018, quando o valor foi R$ 77 milhões. A média anual dos últimos três exercícios foi de R$ 73 milhões, havendo uma tendência de incremento nos investimentos.
Segundo o diretor-presidente da Energisa Minas Gerais, Eduardo Mantovani, os recursos são destinados à expansão e manutenção dos serviços com objetivo de garantir a melhoria da qualidade da energia fornecida, entre outros. O investimento previsto pelo Grupo Energisa para o País em 2019 chega a R$ 2,8 bilhões, valor 50% acima do registrado em 2018 (R$ 1,8 bilhão).
Em Minas, o grupo atende 66 municípios da Zona da Mata e aproximadamente 460 mil clientes. A previsão é de alta do consumo: no acumulado de janeiro e fevereiro de 2019 em relação a igual período de 2018, o consumo aumentou 4% em áreas atendidas pela empresa no Estado.
Os incrementos em Minas estão dentro do cenário positivo no qual se encontra a empresa. Conforme divulgado na semana passada, o lucro líquido do Grupo Energisa alcançou R$ 1,2 bilhão em 2018, com alta de 106%, frente a 2017. A receita líquida chegou a R$ 14,3 bilhões, com alta de 16,6% ante o exercício anterior. O Ebitda foi de R$ 4,1 bilhões, aumento de 72,5%.
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Tais resultados são atribuídos, entre outros fatores, à aquisição, junto à Eletrobras, de duas concessões de distribuição de energia elétrica, e também de quatro projetos de linhas de transmissão. As operações ocorreram em estados com grande mercado de demanda reprimida: foram adquiridas em 2018 a Eletroacre (Acre) e a Ceron (Rondônia).
Para Minas estão previstos investimentos em melhora de qualidade de energia, com reforma de alimentadores de distribuição e substituição de condutores onde a capacidade está próxima de esgotamento e, por fim, investimento recorrente anual no combate ao furto de energia.
Entre os projetos a serem desenvolvidos no Estado este ano está a construção de nova subestação em Miradouro, associada à linha de transmissão de 27 km. Também haverá investimentos em novas torres de redes digitais de comunicação, fundamentais para suportar a operação.
Atualmente, a empresa atua principalmente na distribuição de energia, estando presente em 11 estados, atendendo a cerca de 8 milhões de clientes e gerando 14 mil empregos diretos. Mantovani compara que, se toda a área atendida pela Energisa fosse reunida em um único País, tal nação ocuparia o 11º lugar em tamanho entre todas do mundo.
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Privatizações – A agenda de privatizações do governo federal e do governo de Minas é considerada positiva por Mantovani. Por questões mercadológicas, a Energisa não divulga projetos.
“A estratégia do Grupo Energisa é ser líder na área de energia do Brasil. Havendo oportunidades de aquisições, a gente analisa”, diz.
No caso de concretização da privatização da Cemig – conforme consta dos projetos do governador Romeu Zema – a Energisa irá analisar o mercado.
“Ainda não há nada concreto nesse sentido. Como bons mineiros, estamos aguardando os acontecimentos”, completa Mantovani
Ele ressalta que a estratégia do Grupo Energisa é ser líder na área de energia, tendo como pilares a satisfação do cliente; os resultados operacionais, com resposta aos acionistas; e estar entre as melhores empresas para se trabalhar
Os serviços prestados pelo Grupo Energisa vêm recebendo avaliações positivas, conforme ressalta Mantovani. Um exemplo é que nove das 11 distribuidoras do grupo estão posicionadas entre as melhores do País em duas categorias do ranking da Continuidade do Serviço 2018, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e divulgado neste mês.
O ranking avalia o Desempenho Global de Continuidade (DGC), levando em conta duração e freqüência das interrupções. No grupo entre as distribuidoras com mais de 400 mil consumidores, a Energisa Sul-Sudeste ocupa a primeira posição do País.
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