Economia

Entidades mineiras repercutem indicação de Galípolo para a presidência do BC

ACMinas, CDL-BH e Fecomércio-MG avaliam escolha do governo federal e reforçam a importância da autonomia da instituição
Entidades mineiras repercutem indicação de Galípolo para a presidência do BC
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

Entidades representantes do comércio em Minas Gerais repercutiram a indicação do economista Gabriel Galípolo pelo governo federal para assumir a presidência do Banco Central (BC). A escolha de substituição ao atual presidente Roberto Campos Neto foi vista como previsível por parte das organizações, que reforçaram a importância do fortalecimento da autonomia do BC.

Para a Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), a instituição Banco Central é autônoma e assim deve permanecer. “Vejo com bons olhos o nome do economista Gabriel Galípolo, só nos preocupa a manutenção da autonomia da instituição. O rito deve ser respeitado”, destacou o presidente da ACMinas, José Anchieta da Silva.

A indicação antecipada de Galípolo também foi recebida de forma positiva pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG). Segundo a entidade, o fato de haver um acordo em comum com o atual presidente do BC e a equipe econômica do governo foi benéfico para que essa transição transcorra de maneira tranquila, sem gerar instabilidades econômicas.

Segundo o presidente da Fecomércio-MG, Nadim Donato, Galípolo é equilibrado e tecnicamente preparado. “É fundamental que o futuro presidente fortaleça o Banco Central, que é uma instituição independente, com tomada de decisões eminentemente técnicas e condizentes com a necessidade de combate à inflação”, avalia.

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Donato destaca que a escolha é de fundamental importância, já que o BC é uma instituição decisiva para o desempenho da economia brasileira. Ele acrescenta que o bom desempenho de uma liderança no BC é capaz fomentar um ambiente econômico seguro e gerenciar as expectativas da economia, criando condições favoráveis ao crescimento sustentável.

A previsibilidade da indicação também foi destacada pelo presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva. “Já era esperada essa indicação desde quando ele assumiu o cargo de diretor de Política Monetária do BC”, ressalta Souza e Silva.

A entidade, no entanto, também vê com bons olhos o perfil de Galípolo para o Banco Central e o considera um profissional aberto ao diálogo, com espírito conciliador e ideias modernas. “Esperamos que ele dê continuidade à política de redução de juros, que, infelizmente, foi interrompida na última reunião do Copom. Toda redução, mesmo que tímida, é positiva para o
comércio”, reforça.

Além da escolha do cargo, a CDL/BH salienta a importância da sinergia entre governo e Banco Central para a retomada do crescimento econômico. “O governo também precisa fazer a parte dele, com responsabilidade na gestão e equilíbrio fiscal”, conclui.

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