Economia

Estudantes criam rede social para veganismo e vegetarianismo

Estudantes criam rede social para veganismo e vegetarianismo
Alexia Carvalho e Luiza Oliveira: queremos ir além do projeto e lançá-lo como um negócio - Divulgação

Uma timeline para compartilhar links e fotos, uma lista de amigos para seguir e interagir e um menu com filtros para encontrar o conteúdo mais interessante publicado pelos usuários. Prestes a ser lançado por duas estudantes do Cotemig, em Belo Horizonte, a rede social GreenFeed se parece muito com as plataformas de relacionamento mais famosas da web, como Facebook e Instagram. O grande diferencial é que no espaço criado pelas empreendedoras mineiras, o assunto é o veganismo e o vegetarianismo. Pessoas adeptas a esse estilo de vida, assim como profissionais e empresários ligados ao setor, poderão participar da rede e até lucrar com ela.

A plataforma surgiu como proposta para o projeto de conclusão de curso das alunas Luiza Oliveira e Alexia Elen Carvalho, ambas com 18 anos e estudantes do ensino médio e técnico de informática do Cotemig, na Capital. As duas, que são veganas, se inspiraram na própria experiência para sugerir uma solução inovadora. “Temos muito interesse no assunto, mas sempre tivemos dificuldade de achar informações relevantes e locais para comprar e consumir esse tipo de produto. Pensando sobre isso chegamos à conclusão de que uma rede social era a melhor forma de estimular o veganismo e o vegetarianismo e facilitar a vida de quem optou por esse estilo de vida”, afirma Luiza Oliveira.

A plataforma foi desenvolvida pelas duas estudantes, que tiveram que aprender muita coisa por conta própria. Luiza Oliveira explica que alguns conhecimentos e algumas técnicas foram aprendidas na escola e no estágio que ela faz, mas para construir o código da plataforma ela teve que estudar sozinha e muito. Esforço do qual não se arrepende: com a plataforma pronta, o desejo agora é transformá-lo em negócio. “Queremos ir além do projeto de conclusão de curso e lançá-lo como um negócio. Esperamos que a plataforma entre no ar nos próximos dias”, afirma.

As alunas também já pensaram na monetização da GreenFeed. O uso será permitido para qualquer pessoa, profissional ou empresário interessado no assunto, mas a utilização comercial será cobrada. “A ideia é oferecer três tipos de perfis aos usuários: gratuito, básico e premium. O básico e o premium terão mais funcionalidades voltadas para a exploração comercial da rede”, explica. Ainda de acordo com ela, os usuários poderão publicar fotos, links, receitas e informações gerais sobre os mundos vegano e vegetariano.

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Parcerias – As alunas firmaram parceria com algumas empresas, que já ganharão visibilidade nos próximos dias, na Feira Internacional de Negócios, Inovação e Tecnologia (Finit), promovida pelo governo do Estado entre os dias 7 e 28 de novembro, em diferentes pontos da cidade. As estudantes terão um estande no evento Tecnofeira Cotemig, que acontecerá na própria escola, de 7 a 10 de novembro.

Luiza Oliveira afirma que sempre teve o desejo de empreender, mas não imaginava que isso seria possível em uma área tão específica. “Percebi que não existe área certa para empreender: consegui desenvolver um negócio em uma área que me interessa muito e que é muito diferenciada”, destaca. A estudante, que acabou de fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), afirma que pretende fazer o curso de psicologia e, garante, que, apesar de área escolhida ser ligada a uma profissão de carreira, ela não deixará o projeto de lado e nem vai parar de empreender.

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