Lista de exceções abrange 75% das exportações da mineração para os Estados Unidos
A lista de exceções ao tarifaço dos Estados Unidos (EUA) abrange cerca de 75% das exportações da mineração brasileira ao país em valor. É o que aponta uma análise preliminar do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), com base no decreto divulgado pela Casa Branca. Ao todo, 4% dos embarques minerais são destinados aos EUA, o equivalente a US$ 1,5 bilhão.
Em nota, a entidade afirma que seguirá analisando os detalhes do documento para compreender plenamente os impactos e ressalta que atuará para que todos os minerais sejam excluídos.
É válido reforçar que os produtos não isentos serão sobretaxados em 50% a partir de 6 de agosto, como previsto na ordem executiva desta quarta-feira (30). Já os minérios que ficaram de fora da medida continuarão sobretaxados em 10%, tarifa em vigor desde abril.
A indústria da mineração demonstrou bastante preocupação com a ameaça de taxação sobre todos os minerais exportados pelo Brasil. Em comunicado publicado há duas semanas, o Ibram disse que o tarifaço afetaria significativamente o setor, obrigaria o País a buscar novos parceiros comerciais e tornava passíveis de reavaliação os investimentos anunciados para o País – de US$ 68,4 bilhões até 2029.
Representantes da entidade e de mineradoras chegaram a se reunir com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), para discutir os impactos da sobretaxa e solicitar apoio do governo federal. Outro ponto de aflição, debatido na ocasião, foi a possibilidade de uma retaliação brasileira, que poderia trazer ainda mais efeitos negativos e afetar a competitividade das empresas.
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