Expectativa dos consumidores se mantém estável

Rio de Janeiro – A mediana da inflação esperada pelos consumidores para os próximos 12 meses ficou em 5,7% em outubro, ante 5,6% em setembro, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve recuo de 0,7 ponto percentual no indicador.
“O resultado mostra, ao longo dos últimos meses, uma expectativa de inflação dos consumidores bem ancorada. Apesar de uma elevação das expectativas do mercado para o próximo ano, o consumidor continua mantendo suas expectativas de inflação estáveis.
Excelente notícia, uma vez que o período eleitoral está acabando e não ocorreu nenhum choque de preços relevante”, avaliou o economista Pedro Costa Ferreira, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota.
Na distribuição por faixas de inflação, 57,1% dos consumidores projetaram uma taxa dentro dos limites de tolerância da meta de inflação de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional para este ano, ou seja, entre 3% e 6%. No mês anterior, esse percentual era de 57,6% dos consumidores.
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A proporção de consumidores indicando inflação abaixo do limite inferior de 3% recuou de 8,4% em setembro, para 6,4% em outubro.
A expectativa de inflação caiu para todas as faixas de renda em outubro, exceto para famílias que recebem entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00, com aumento de 0,4 ponto percentual, puxando a taxa global no mês.
O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores da FGV é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor, que ouve mensalmente mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Aproximadamente 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação. (AE)
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