Economia

Expectativa de emprego alcança 28% entre as empresas de Minas Gerais

O Estado apresentou o quarto índice mais elevado do Brasil
Expectativa de emprego alcança 28% entre as empresas de Minas Gerais
Crédito: Pedro Ventura / Agência Brasil

Dentre as empresas situadas em Minas Gerais, 28% planejam contratar novos funcionários durante o primeiro trimestre deste ano. De acordo com a Pesquisa de Expectativa de Emprego do ManpowerGroup esse resultado é 20 pontos percentuais (p.p.) abaixo da média nacional (48%).

Minas Gerais apresentou o quarto maior índice, ficando atrás do Paraná (33%), São Paulo (31%) e do Rio de Janeiro (30%). Além desses locais, o grupo de “Outras regiões” e a cidade de São Paulo também se destacaram no estudo, com 34% e 32% de expectativa de emprego, respectivamente.

Conforme os dados do levantamento de expectativa de emprego do ManpowerGroup, empresa especializada em soluções de força de trabalho, a expectativa líquida de emprego no Brasil é de 32%. Isso representa crescimento de 5 p.p. frente ao indicador do primeiro trimestre do ano passado (27%). A expectativa líquida é calculada subtraindo os empregadores que planejam fazer reduções na equipe daqueles que planejam contratar.

Na divisão entre os países, o Brasil ocupa a 10ª posição no ranking global, empatado com a Guatemala, ambos com 32%. Isso representa um crescimento de quatro posições, na comparação com o mesmo período de 2023. O País ainda foi o quinto melhor dentre todos os países do continente americano. O cenário mais fraco é reportado na Argentina, com apenas 2% de expectativa líquida.

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A porcentagem de empregadores que planejam contratar teve um crescimento de 6 p.p., passando de 42% para os atuais 48%. Já a porcentagem de empregadores que esperam reduzir os níveis de contratações subiu apenas 1 p.p., de 15% para 16% no início deste ano.

O setor de Saúde & Ciências da Vida tem a maior demanda por profissionais no Brasil, com uma taxa de 46%. Em seguida vêm os setores de Tecnologia da Informação (45%), Finanças & Imobiliário (42%) e Energia & Serviços de utilidade pública (36%), Transporte, Logística & Automotivo (29%), Indústria & Materiais (28%) e Bens de Consumo & Serviços (25%).

O estudo também analisou a intenção de contratação por porte de empresas brasileiras. As grandes empresas têm a maior expectativa de contratações, com um percentual de 40% para companhias com 250 a 999 colaboradores, seguido por organizações com 1000 a 4.999 colaboradores, com 34% de expectativa.

Empresas relatam escassez de talentos para além da expectativa de emprego

A escassez de talentos permaneceu nos 80% no Brasil,  5 p.p. acima da média mundial (75%). As empresas estão adaptando suas estratégias na busca por talentos que possuem as competências necessárias e exigidas por elas.

De acordo com o estudo, à medida que a oferta de potenciais talentos diminui, os empregadores reconfiguram os benefícios oferecidos para garantir os melhores profissionais. Dentre os empregadores brasileiros entrevistados, 33% demonstraram intenção de oferecer mais flexibilidade sobre quando os colaboradores trabalham. Outros 32% buscam 32% proporcionar mais flexibilidade sobre onde os colaboradores trabalham e 30% aumentam os salários.

O country manager do ManpowerGroup Brasil, Nilson Pereira, explica que apresentar uma expectativa de emprego positiva pode ser um cenário promissor, mas requer muita atenção.

“Mesmo para os empregadores que estão repensando benefícios e flexibilidade, ainda é preciso focar em aprendizado e treinamento para desenvolver os talentos internos, incentivar o lifelong learning; permitir que as pessoas migrem para novas áreas dentro da empresa e desenvolvam novas competências. É fundamental fechar esse gap, e as empresas precisam abraçar a sua responsabilidade, afinal, as transformações seguirão aceleradas”, comenta.

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