Economia

Expominas Juiz de Fora é colocado à venda por R$ 38 milhões, em nova tentativa de alienação

Inaugurado em 2006, o equipamento multiuso possui infraestrutura para receber exposições, feiras, congressos e convenções
Expominas Juiz de Fora é colocado à venda por R$ 38 milhões, em nova tentativa de alienação
Inaugurado em 2006, Expominas Juiz de Fora possui infraestrutura para receber exposições, feiras, congressos e convenções | Foto: Acervo / Codemge

A Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) abriu um novo edital de alienação do Expominas Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Anteriormente, o imóvel chegou a ser oferecido para a iniciativa privada, mas não houve interessados.

O valor mínimo para propostas é de R$ 38 milhões. A sessão pública está marcada para o dia 28 deste mês e vence quem apresentar o maior lance. A licitação envolve o imóvel, que possui cerca de 20 mil metros quadrados (m²) de área construída, os itens mobiliários e o terreno onde foi erguido, com total de aproximadamente 120 mil m².

Inaugurado em 2006, o equipamento multiúso possui infraestrutura para receber exposições, feiras, congressos e convenções. O espaço destinado à realização de eventos dispõe de 15 mil m². “Com localização às margens da BR-040 e a 15 minutos do centro da cidade, o Expominas Juiz de Fora tem posição estratégica em relação aos grandes mercados, com potencial para atrair eventos de porte nacional e internacional”, destaca a estatal, em nota.

Conforme o edital, o vencedor do certame deverá manter a finalidade do imóvel como centro de convenções. A marca “Expominas” não está inclusa na alienação e caso o comprador tenha interesse em utilizá-la precisará firmar contrato de cessão de uso de marca.

Codemge alega ter prejuízos com o equipamento

Uma das justificativas para a nova tentativa de venda do Expominas Juiz de Fora são os prejuízos recorrentes que a Codemge tem com o equipamento, de cerca de R$ 1,3 milhão por ano. Outro ponto é a baixa taxa de ocupação do espaço sob a gestão da companhia – no ano passado, o indicador alcançou apenas 25%.

A estatal também argumenta que seus bens móveis e imóveis estão incluídos na Política Estadual de Desestatização, e que seu planejamento estratégico preconiza o melhor uso social e econômico dos ativos. Adicionalmente, menciona que o plano de metas deste ano estabelece como meta o desinvestimento de cinco ativos da carteira da empresa.

“É interesse da Codemge, com o intuito de reposicionar a companhia no desenvolvimento econômico do Estado de Minas Gerais, com um novo arranjo de ativos, tornando-a independente dos recursos do nióbio e economicamente sustentável, a alienação do Expominas Juiz de Fora”, afirma em trecho do edital.

Tentativas frustradas de repasse do Expominas Juiz de Fora à iniciativa privada

Essa será a terceira tentativa de repasse do Expominas Juiz de Fora para o setor privado, visto que, em 2017, foi realizado pregão para concessão de uso do espaço e, em 2022, foi aberta uma licitação para a alienação. Nos dois casos, ninguém apresentou propostas.

Na primeira ocasião, o edital previa remuneração mínima mensal de R$ 100 mil para a então Codemig. A duração do contrato seria de 15 anos, prorrogável por igual período.

Na segunda oportunidade, o processo era semelhante ao que está aberto no momento. O valor mínimo de lance, contudo, era quase o dobro: R$ 61 milhões.

À época, a companhia citava nas justificativas, no edital, que tinha prejuízos com a manutenção do equipamento e que conduzia uma reorganização de ativos. No entanto, mencionava que o espaço foi escolhido para ser alienado também por outros motivos, como a distância do centro da cidade e a localização em rodovia, a alta competitividade com outros espaços de eventos disponíveis no município, entre outros.

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