Economia

Balança comercial de MG registra alta de 2%

Saldo ficou positivo em US$ 9,8 bilhões no acumulado dos primeiros cinco meses deste ano, segundo o Mdic
Balança comercial de MG registra alta de 2%
Foto: Divulgação/Vale

Ao longo dos primeiros cinco meses de 2023, a balança comercial de Minas Gerais  acumulou um superávit de US$ 9,8 bilhões. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), o valor ficou 2% maior que os US$ 9,6 bilhões alcançados no mesmo intervalo do ano passado. No período, as exportações mineiras movimentaram US$ 16,2 bilhões, variação positiva de apenas 0,7%.

Dentre os produtos mais exportados por Minas Gerais, o minério de ferro, que responde por 31% das exportações, encerrou o período com queda de 1,16% no faturamento. Em seguida, o café, com participação de 15%, manteve a tendência de queda e fechou os cinco primeiros meses com retração de 26% em faturamento. Já os embarques de soja subiram 3,23% e os de ferro-gusa 4,4%. 

De acordo com dados do Ministério da Economia, com o valor de US$ 16,2 bilhões movimentados com os embarques dos produtos mineiros, o Estado respondeu por 12,24% das exportações do Brasil entre janeiro e maio. O Estado se mantém na terceira posição entre os maiores exportadores do País.

“Nós tivemos um crescimento bastante reduzido, com as exportações passando de US$ 16,1 bilhões para US$ 16,2 bilhões, variação positiva de apenas 0,7% frente ao acumulado dos primeiros cinco meses de 2022. Mesmo que pequeno, é um crescimento e evidencia o aquecimento do mercado internacional, especialmente, em alguns produtos que exportamos”, explicou o consultor de Negócios Internacionais da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Alexandre Brito.

Ainda segundo Brito, ao longo dos primeiros cinco meses do ano, as exportações de Minas Gerais foram marcadas pela, praticamente, estabilidade do minério de ferro, soja e ferro-gusa, enquanto o café registrou queda expressiva de 26%.

“A diversificação da pauta exportadora ajudou a reduzir o impacto da queda do café, que é o segundo produto mais exportado após o minério, que também teve a exportação reduzida. Tivemos aumentos nos embarques de açúcar, celulose e de outros minerais, como lítio, nióbio, cobre e zinco”, explicou.

Ao contrário das exportações, durante os primeiros cinco meses do ano, Minas Gerais reduziu em 1,6% as importações de produtos, movimentando quase US$ 6,4 bilhões ante os US$ 6,5 bilhões registrados em igual intervalo de 2022. Com o resultado, o Estado respondeu por 6,28% das importações nacionais. Minas é o quinto estado no ranking de importações.

Entre os itens importados, o destaque são os adubos e fertilizantes químicos, com US$ 379 milhões movimentados e respondendo por 6% das compras externas de Minas. O valor ficou 39% menor.

No período, a corrente ficou em US$ 22,5 bilhões e se manteve estável na comparação com o mesmo intervalo de 2022.

Considerando somente o mês de maio, o resultado dos embarques foi positivo. O valor gerado com as exportações mineiras foi de US$ 3,9 bilhões, 2,9% superior ou US$ 112 milhões a mais que o registrado em igual mês de 2022. Já as importações do Estado recuaram 11,5% no mês e chegaram a US$ 1,49 bilhão.

Minas Gerais manteve, entre janeiro e maio, a China como principal destino dos produtos. O país asiático foi responsável por 39% das exportações e pela movimentação de US$ 6,3% bilhões, uma alta de 7,3% ou de US$ 440 milhões a mais que o registrado nos cinco primeiros meses de 2022. 

O segundo maior comprador foram os Estado Unidos, com participação de 8,8% e US$ 1,43 bilhão. A Argentina respondeu por 5,2% dos embarques, aumento de 23,6%.

Produtos

Entre janeiro e maio, o produto mais exportado pelo Estado foi o minério de ferro. Ao todo, o insumo siderúrgico respondeu por 31% das exportações do Estado. Em seguida apareceu o café, com participação de 13%, soja, 11% e ferro gusa, com 9,3%.

Os embarques de minério de ferro movimentaram US$ 5 bilhões, queda de 1,6%. Foram destinadas ao mercado externo 48,6 milhões de toneladas, ante 43,5 milhões de toneladas registradas em igual intervalo de 2022.

“A tendência para o minério de ferro é encerrar o ano com resultado bem próximo ao faturamento de 2022, mas exportando um volume maior em cerca de 5% a 10%. No ano passado, os preços estavam mais altos do que os atuais”, disse Brito.

A queda no café foi expressiva, de 26%, e as exportações somaram US$ 2,1 bilhões. O volume embarcado foi de 582 mil toneladas, enquanto na mesma época do ano passado foram 735 mil toneladas exportadas.

A soja foi o terceiro produto mais exportado. No período, o faturamento chegou a US$ 1,79 bilhão, aumento de 3,23% se comparado com o mesmo período do ano passado.

Os embarques de ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas foram responsáveis pela movimentação de US$ 1,5 bilhão, valor 4,4% maior.  

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