Economia

Fábrica de embalagens biodegradáveis vai investir R$ 27 milhões em Lagoa Santa

Primeira fase do projeto prevê faturamento de R$ 72 milhões anuais a partir da produção de petbags
Fábrica de embalagens biodegradáveis vai investir R$ 27 milhões em Lagoa Santa
Crédito: Reprodução / Pixabay

Com investimentos de R$ 27 milhões, foi inaugurada neste mês a nova fábrica da Durapack em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Complexo vai produzir as petbags, embalagem biodegradável desenvolvida pela empresa e voltada para o mercado pet

A fábrica atende ao mercado de embalagens de produtos não alimentícios, com destaque para petbags biodegradáveis com produção sustentável. Os itens, segundo o CEO da Durapack Antônio Baggio, são um novo conceito derivado de um projeto desenvolvido por cerca de 15 anos voltado para atender tutores de animais.

Baggio destaca que a empresa conseguiu certificações ambientais internacionais que o produto já nasce biodegradável de origem renovável. “O petbag surge para simplificar a vida dos tutores, além de ser ambientalmente amigável e instruir um comportamento ecologicamente correto nas cidades”, pontua.

Para esta primeira fase, serão 115 empregos gerados e um faturamento de R$ 72 milhões anuais com volume de produção projetado a partir do uso de 300 toneladas de papel por mês. Baggio reforça que foi necessária uma nova fábrica para idealização dos itens em grande produtividade, já que a intenção é que, além do mercado interno, a empresa também possa exportar petbags.

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Além disso, a empresa projeta firmar parcerias com condomínios em Lagoa Santa, além da prefeitura da cidade. A intenção é que sejam instalados bebedouros com petbags para cachorros nos principais pontos do município, como parques e praças.

Já em 2026, é esperada uma nova fase partindo pela ampliação do espaço que pretende dobrar a produção e gerar cerca de 80 novos cargos. “Projetamos que 50% da produção seja em petbags e a outra metade de embalagens para diversos segmentos, ampliando o atendimento a grandes marcas como Bombril, Limpanno e Havaianas”, acrescenta Baggio.

Em relação ao mercado, as expectativas são otimistas com a estabilidade vivenciada no mercado. Hoje, além da Durapack, outras empresas formam a holding Mobiopack no condomínio industrial em Lagoa Santa. “Hoje somos os maiores fabricantes nacionais de embalagens de carvão, lã de aço e havaianas”, destaca o CEO.

Condomínio industrial levou duas décadas para sair do papel

Apesar dos avanços em 2024, o projeto do condomínio industrial em Lagoa Santa levou 20 anos para ser aprovado. Entre os empecilhos está o embargo de nove anos do ICMBio, que é responsável pela implantação, gestão e proteção de unidades de conservação federais.

Por não se adequar às exigências previstas, o espaço industrial não obteve licenciamento para a construção de sarjetas e redes de esgoto, o que inviabilizou a operação. “Quem comprou o terreno na época teve que se virar e o projeto foi postergado”, afirma Baggio.

Agora, com licenciamentos adequados, o projeto está se reerguendo, dessa vez com um novo olhar: não poluente, renovável e sustentável. “A partir de agora vamos proporcionar o que a cidade precisa: geração de emprego e renda para as pessoas”, conclui.

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