Falta de componentes leva Fiat a suspender contratos de trabalho

A falta de componentes e peças automotivas levou o grupo Stellantis a propor a suspensão de contratos de trabalhos – o chamado lay-off – para 6.500 funcionários da planta industrial em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Negociada em um primeiro momento com o Sindicato dos Metalúrgicos e Metalúrgicas de Betim e Região, a medida está sendo votada neste momento, em assembleia, pelos trabalhadores da montadora.
A proposta que está sendo avaliada diz respeito à adesão a um programa em que os trabalhadores participarão de um curso de qualificação profissional. De acordo com o sindicato, esta foi uma maneira de garantir o mínimo de perdas e evitar demissões. Ainda conforme a entidade, os contratos deverão ficar suspensos pelo prazo de dois a quatro meses e, como contrapartida, o programa terá validade de 1 ano.
Procurada, a Stellantis disse que se pronunciará após a assembleia.
Ainda de acordo com o sindicato, o trabalhador ou trabalhadora que optar por aderir ao programa, deverá participar da qualificação profissional (de forma virtual); e ter uma frequência mínima de 75% nas aulas; a empresa disponibilizará uma ajuda de custo de R$ 70 mensais, para custear a internet, durante o período da suspensão do contrato.
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Sobre a garantia de emprego ou salários, o acordado com a companhia foi que haverá indenização adicional em caso de dispensa de 100% sobre o valor da última remuneração mensal anterior à suspensão de contrato; e que o período de estabilidade será proporcional ao tempo de suspensão do contrato de trabalho. Os salários também seguirão a proporcionalidade.
Além disso, foi negociado também que os trabalhadores em suspensão de contratos terão a integralidade de PLR 2021, 13º salário e férias; a manutenção do plano de saúde e demais benefícios; e integralidade do reajuste salarial previsto pelo ACT Data-Base 2021/2022, que consta o pagamento do abono para o início de janeiro de 2022, e das demais cláusulas do acordo.
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