Economia

Falta de mão de obra deve seguir pressionando setor de construção

Escassez de mão de obra qualificada permaneceu liderando o ranking de limitações do setor em janeiro
Falta de mão de obra deve seguir pressionando setor de construção
Atividade iniciou 2025 com baixa de 1,9 ponto na confiança, sob influência das situações atual e futura | Crédito: Divulgação Nestor Muller

Ao longo de 2024, a falta de trabalhadores foi a principal dificuldade das empresas do setor da construção. E em 2025, a despeito da piora das expectativas, o mercado de trabalho deve seguir pressionado. Em janeiro, por exemplo, a falta de mão de obra qualificada permaneceu liderando o ranking de limitações do setor, implicando também na alta dos custos com mão de obra. A avaliação é da Coordenadora de Projetos da Construção do FGV Ibre, Ana Maria Castelo.

Diante do cenário, o Índice de Confiança da Construção (ICST) do FGV Ibre caiu 1,9 ponto em janeiro, para 94,9 pontos. Na média móvel trimestral, o índice recuou 0,8 ponto.

A percepção sobre os negócios correntes das empresas de Edificações melhorou. Por outro lado, as empresas de Instalações, que compõe o segmento de Serviços Especializados, ficaram mais pessimistas, puxando o ICST consolidado. No entanto, no geral, as empresas ficaram mais pessimistas em relação à demanda dos próximos meses – o Indicador de Demanda Prevista alcançou o pior resultado desde janeiro de 2023.

“O ciclo de atividade para 2025 está em grande parte contratado, mas sustentar o crescimento dos negócios ante o forte coque de juros não será fácil”, observa Ana Maria Castelo.

Em janeiro, a queda da confiança foi influenciada tanto pelo Índice de Situação Atual (ISA-CST) quanto pelo Índice de Expectativas (IE-CST). O ISA-CST recuou 0,4, para 95,8 pontos, e com maior influência no resultado do ICST, o IE-CST caiu 3,3 pontos, e foi para 94,2 pontos, menor nível desde janeiro de 2023 (93,6 pts.).

Os componentes do ISA-CST variaram em sentidos opostos: o indicador de situação atual dos negócios variou 0,2 ponto, e atingiu 95,6 pontos, enquanto o indicador de carteira de contratos cedeu 0,9 ponto, para 96,0 pontos.

Pelo lado do IE-CST, os dois componentes que compõem o índice caíram: indicador de demanda prevista nos próximos três meses caiu 4,3 pontos, e foi aos 96,0 pontos, e o indicador de tendência dos negócios retraiu 2,3 pontos, para 92,3 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da construção variou 0,3 ponto percentual (p.p.), e alcançou 79,2%. No caso da mão de obra variou -0,1 p.p. e em máquinas e equipamentos avançou 1,1 p.p.%

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas