Economia

Fapemig aprova criação do Centro de Excelência do Semiárido na Unimontes

O objetivo do projeto é desenvolver soluções e pesquisas voltadas para as questões climáticas da região
Fapemig aprova criação do Centro de Excelência do Semiárido na Unimontes
Foto: Unimontes / Divulgação

A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) receberá R$ 20 milhões da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) para a criação do Centro de Excelência do Semiárido (Sertão). O projeto aprovado será voltado para o desenvolvimento de soluções tecnológicas e científicas para conter os impactos das mudanças climáticas na região Norte do Estado.

O Sertão também vai focar em pesquisas voltadas para o combate à desertificação e promoção do desenvolvimento sustentável da região semiárida. A proposta, aprovada nesta semana, foi formalizada em março de 2024, durante uma visita do presidente da Fapemig à Unimontes.

O centro de excelência atuará nas áreas de agroeconomia, bioeconomia, biotecnologia e biodiversidade; além de trabalhar com tecnologias emergentes como Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT), aplicando esses conhecimentos às peculiaridades do semiárido brasileiro.

A previsão é de que o Sertão inicie as atividades ainda neste ano, começando pela seleção de bolsistas e a organização de programas de pré-aceleração de projetos, capacitações e eventos para a comunidade acadêmica. Além disso, já estão sendo planejados programas que envolverão a formação de novas soluções tecnológicas, visitas técnicas e o desenvolvimento de novos negócios inovadores em 2025.

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Para a pró-reitora de pesquisa da Unimontes, Maria das Dores Veloso, esse projeto representa uma grande oportunidade para a universidade, especialmente para os pesquisadores da região.

“Este é um marco para o Norte de Minas e para toda a comunidade acadêmica. O Sertão vai reunir diversos campos do conhecimento e promover uma verdadeira sinergia entre a ciência, a inovação e as necessidades do semiárido“, destaca.

Já o coordenador do Sertão, Allysson Steve Mota Lacerda, ressalta que o centro tem como meta se tornar a principal referência em pesquisas sobre o semiárido até 2030. Segundo ele, o foco do projeto estará no desenvolvimento de soluções tecnológicas que envolvam a utilização sustentável dos recursos naturais e a recuperação de áreas degradadas.

“A combinação de tecnologias, como IA e IoT, com áreas como agroeconomia e biodiversidade, permitirá o desenvolvimento de soluções práticas e inovadoras para os desafios da região”, avalia.

O reitor da Unimontes, Wagner de Paulo Santiago, celebrou a aprovação do projeto e agradeceu à Fapemig pelo apoio contínuo à universidade estadual. Para ele, esta é uma grande oportunidade para os pesquisadores da instituição mostrarem a excelência da universidade. “E são muitas as áreas em que nos destacamos. A Fapemig tem nos apoiado de forma constante e sem hesitação”, completa.

O Sertão também será responsável por promover a integração entre diferentes atores sociais e econômicos, incluindo prefeituras, empresas e organizações não governamentais. Essa articulação será essencial para garantir que as soluções criadas pelo centro de excelência atendam às necessidades da população local e possam ser aplicadas, em larga escala, impactando positivamente a vida das pessoas e o meio ambiente.

Com informações da Agência Minas

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