Faturamento da indústria minerária recua 38% no Estado

O faturamento do setor minerário em Minas Gerais registrou queda expressiva de 38% no terceiro trimestre de 2022 frente a 2021. Em números de fechamento, no mesmo intervalo do ano passado, a receita do Estado era da ordem de R$ 47,81 bilhões, enquanto neste ano a apurada foi de R$ 29,73 bilhões. Em contrapartida, na comparação com o segundo trimestre deste ano, o setor teve uma melhora de 19%. As informações foram divulgadas, nesta quinta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).
De acordo com o estudo realizado pela entidade, Minas Gerais, tecnicamente, tem a mesma representação significativa que o Pará, com uma fatia de 39% do faturamento da indústria minerária nacional. Em seguida, com 4%, aparece o território de Goiás, além de Bahia, São Paulo e Mato Grosso, com fatias de 3%. Outros 9% são de cidades com atividades minerárias nos demais estados brasileiros.
O diretor de Assuntos Minerários e Sustentabilidade do Ibram, Julio Nery, explica que a queda do faturamento do Estado está relativamente ligada à cotação do minério de ferro.
“Nós estamos com uma cotação do minério de ferro na faixa dos 40% em relação ao ano de 2021. O produto por si só representa 64% do setor produtivo de mineração em todo o mercado brasileiro, e qualquer mudança que aconteça acaba alterando bem esse saldo”, explica.
Enquanto o faturamento teve baixa, a produção mineral brasileira avançou 3% em toneladas no terceiro trimestre deste ano na comparação com igual período no ano passado. O volume saiu de 355 milhões para 365 milhões de toneladas. Apesar de ser uma estimativa do Ibram, a Agência Nacional de Mineração (ANM) ainda não revelou oficialmente os dados de produção do referido intervalo.
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