Faturamento do setor de cimento deve subir 4%

Impulsionado pela demanda das construtoras, além dos investimentos em reformas de imóveis, a expectativa da indústria de produtos de cimentos é de fechar o ano de 2021 com um crescimento estimado em 4% do faturamento ante ao contabilizado no ano passado. A projeção é do Sindicato das Indústrias de Produtos de Cimento do Estado de Minas Gerais (Siprocimg).
A entidade não tem os números de evolução a respeito do primeiro semestre de 2021 na comparação com igual intervalo do ano passado. “Apesar da crise sanitária, a indústria do cimento teve um crescimento, porém durante os picos pandêmicos chegou a faltar cimento”, explica o presidente do Siprocimg, Lúcio Silva.
Silva aponta que a demanda foi impulsionada aqui em Minas Gerais devido às construções no âmbito do programa federal de habitação, Casa Verde – antigo Minha casa, minha vida. “E ainda teve pessoas que investiram em construção, quando a taxa Selic ainda estava relativamente baixa”, completa.
O presidente do Siprocimg conta que o setor enfrentou vários desafios. No início dos picos da crise sanitária, os produtos à base de cimento sofreram vários reajustes, o que elevaram os preços. “Além disso, a demanda também aumentou, o que pegou toda a indústria de surpresa porque ninguém estava com estoque tão grande para essa demanda. Com isso, veio o custo elevado na produção para compra e na venda de matéria-prima”, detalha.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
Atualmente, Lúcio Silva esclarece que o setor começa a entrar na normalidade. Passado o momento de grande procura pelo produto, agora o mercado está agindo com mais cautela com a flexibilização e a ampliação da vacinação. “Agora não estamos sofrendo tanto com a falta de insumos e com a matéria-prima. Ainda há os altos preços, que, em alguns casos, temos que repassar esses valores no produto final. Mas, de modo geral, a maioria dos empresários está conseguindo alinhar a demanda e equacionar essas dificuldades”, pontua.
Cautela
Silva avalia que as empresas estão investindo, mas de forma cautelosa. “O aço que estava crescendo a um ritmo acelerado, agora está caindo um pouco. O cimento também voltou a certa normalidade, então a tendência é que haja esse investimento consciente tanto em maquinário e em mão de obra devido ao cenário de incerteza econômica do País”, opina.
Ouça a rádio de Minas