Economia

Faturamento do e-commerce deve crescer 17% no Brasil com a Black Friday

Perspectiva para data neste ano é de chegar a R$ 11 bilhões em produtos, segundo a Neotrust
Faturamento do e-commerce deve crescer 17% no Brasil com a Black Friday
As categorias saúde, esporte e lazer, além de beleza e perfumaria, devem apresentar os maiores crescimentos | Foto: Reprodução Adobe Stock

São Paulo – O faturamento do comércio eletrônico no Brasil na Black Friday deste ano deve crescer 17% em relação a 2024, atingindo R$ 11 bilhões em produtos vendidos, segundo projeções da empresa de pesquisa de mercado Neotrust.

As categorias de saúde, esporte e lazer, automotivo, além de beleza e perfumaria, devem apresentar os maiores crescimentos, segundo o levantamento.

Por sua vez, as categorias de eletrodomésticos, eletrônicos e smartphones, que possuem valores médios de compra maiores, deverão apresentar uma parcela maior de faturamento. Juntas, elas são responsáveis ​​por mais de um terço do faturamento total no período.

Mesmo com o aumento de campanhas sazonais, a Black Friday “é o período mais esperado pelos consumidores, com resultados até três vezes maiores do que um dia normal de vendas”, disse o diretor de negócios da Neotrust, Léo Homrich Bicalho, em comunicado à imprensa.

A previsão do relatório refere-se ao período de 26 a 30 de novembro, afirmou a empresa. No ano passado, as vendas do período da Black Friday somaram R$ 9,38 bilhões, alta de 10,7% em relação ao evento de 2023.

A Neotrust afirma monitorar a evolução do comércio eletrônico com base em transações de 80 milhões de consumidores digitais em sete mil lojas parceiras da companhia.

Canetas emagrecedoras

Além das perspectivas para a Black Friday, o relatório da Neotrust também trouxe os dados de vendas do e-commerce acumuladas neste ano até setembro.

A categoria de saúde foi destaque, tendo alta de 72% de janeiro a setembro, sendo impulsionada principalmente pelas vendas de canetas emagrecedoras.

As vendas do medicamento totalizaram 2,34 milhões de unidades no período e atingiram um faturamento de R$ 3,01 bilhões, valor 4,9 vezes superior ao observado nos nove primeiros meses de 2024, segundo a pesquisa.

“Estes varejistas encontraram o seu ‘eletrônico’ para vendas on-line, por ser um produto de preço médio alto e ainda há a vantagem do ciclo de recompra menor – o consumidor compra com maior frequência do que um eletrônico”, disse Bicalho.

O valor médio no e-commerce do público comprador do medicamento foi de R$ 522 até setembro, valor 24% superior aos demais consumidores.

Com a frequente escassez do produto – os varejistas resultam de uma demanda maior do que a disponibilidade – “a facilidade da compra on-line é um diferencial para o consumidor”, observa Bicalho.
Projetando o cenário para 2026, Bicalho disse que será importante atentar-se para a atual disputa judicial sobre a queda da patente do princípio ativo desses produtos – semaglutida e liraglutida.

“A queda das patentes permitirá que outros laboratórios farmacêuticos produzam e comercializem versões genéricas ou biossimilares, trazendo a possível redução dos preços finais para os consumidores”, disse o executivo.

Nos três primeiros trimestres de 2025, o faturamento geral do e-commerce no Brasil somou R$ 282,6 bilhões, montante 18% superior ao mesmo período de 2024, segundo o levantamento da Neotrust. Entre janeiro e setembro, foram 934,5 milhões de pedidos, 23,2% a mais que o monitorado nos mesmos meses do ano passado.

Reportagem distribuída pela Reuters

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