Faturamento nos supermercados e restaurantes em alta em MG

O valor das transações nos supermercados no Estado registrou alta de 26,9% nos primeiros seis meses deste ano na comparação com igual período de 2024, conforme estudo da Alelo-Fipe. Foi a quarta maior elevação do País nesse período. A primeira posição foi ocupada pelo Amapá (44,3%), seguida pelo Pará (35,7%) e Tocantins (27,2%).
Nos restaurantes, também houve incremento no faturamento nominal, mas num patamar menor na comparação com os supermercados: 5,7%. No que se refere ao volume de transações, o índice para os supermercados registrou alta de 12,1%, enquanto que para os restaurantes o resultado foi de queda de 4,4%, em Minas.
No País, os resultados dos Índices de Consumo em Supermercados (ICS) apontam para uma elevação de 4,2% no número de transações, acompanhada por um crescimento de 12,6% no faturamento nominal em relação ao mesmo período de 2024. O valor médio por transação também aumentou na mesma base comparativa (+8%).
Nesse tipo de análise, os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) mostram que as transações apresentaram uma queda de 2,3%. Já o valor movimentado pelo segmento cresceu 13,1%, impulsionado pelo aumento de 15,8% no valor médio por transação no País.
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No resultado em 12 meses, o desempenho dos supermercados em Minas Gerais foi positivo, tanto no volume de transações (17,2%) como no valor (34%). O desempenho do Estado superou a média nacional, cujo o volume de transações foi 7,3% superior ao registrado no período anterior, enquanto o valor transacionado cresceu 16%, apoiado no crescimento de 8,1% no valor médio por transação.
No segmento restaurantes, o volume registrou queda 1% em Minas, no entanto o valor cresceu 9,1% em 12 meses. Nesse caso, o desempenho mineiro foi inferior ao do País, cujo volume de transações acumulou alta de 2,2%, ao passo que o faturamento nominal subiu 16,4%. O valor médio por transação também teve crescimento relevante, com avanço de 13,9% no período.
Sexto mês de 2025
Em junho na comparação com igual mês do ano anterior, o volume de transações nos supermercados mineiros caiu 2,5%, no entanto, o volume das transações registrou alta de 3,7%. O recuo no volume de transações também foi verificado na média nacional (-5,2%), contrastando com a discreta alta de 0,2% no valor total movimentado no segmento. Esse desempenho positivo no consumo da média brasileira se deveu, em boa medida, ao aumento de 5,7% no valor médio por transação.
Para os restaurantes de Minas, o recuo foi verificado em junho ante o mesmo mês de 2024, sendo mais intensa que a dos supermercados: -8,7%. O resultado de queda se manteve no valor das transações: – 0,9%. O dado nacional mostra uma queda ainda maior no volume (- 9,7%), só que o valor nominal das vendas avançou 3,4%, resultado influenciado pelo expressivo crescimento de 14,5% no valor médio por transação.
Na análise de junho contra maio, foi verificada queda de 1,8% no volume de transações nos supermercados do Estado, mas o valor das transações registrou alta de 1,1%. No País, a atividade registrou um leve aumento de 0,7% no número de transações realizadas, acompanhado por uma alta relativamente mais expressiva de 2,9% no valor total das transações. O duplo resultado positivo no último mês foi impulsionado pelo avanço de 2,2% no valor médio por transação.
Nesse tipo de comparação, os restaurantes de Minas apresentaram resultados negativos no volume transações (-1,4%) e no valor (-5%). O movimento de queda também aconteceu no País, com recuo do número de transações de 3%, resultado acompanhado por uma queda de 1,6% no valor transacionado. O valor médio por transação foi 1,4% maior.
Análise
“Em nossa leitura, apesar desses sinais de perda de fôlego no curto prazo, o panorama de médio e longo prazo ainda é bastante positivo para ambos segmentos, como demonstram os dados acumulados no ano e nos últimos 12 meses, com alta expressiva nos valores transacionados tanto em supermercados (+16,0%) quanto em restaurantes (+16,4%)”, observa o superintendente de gestão da informação na Alelo, Daniel Martins, ao fazer a análise dos dados nacionais.
Ele acrescenta que contam a favor elementos como: economia e mercado de trabalho bastante aquecidos, com desemprego em um patamar historicamente baixo; e a desaceleração (e deflação) dos preços dos alimentos nos últimos meses.
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