Economia

FCA e Peugeot podem se unir em aliança de US$ 50 bilhões

FCA e Peugeot podem se unir em aliança de US$ 50 bilhões
Crédito: Leo Lara

Milão/Paris – Fiat Chrysler e a controladora da montadora francesa Peugeot, PSA, confirmaram ontem negociações sobre uma potencial aliança que pode criar um grupo automotivo de US$ 50 bilhões e uma fonte afirmou à Reuters que um acordo pode ser anunciado hoje.

Os dois grupos afirmaram, em comunicados separados, que estão em discussões direcionadas a criar uma das maiores montadoras de veículos do mundo, melhor posicionada para lidar com custos de desenvolvimento de tecnologias como direção autônoma e eletrificação e regulamentos mais estritos sobre emissões de poluentes.

Um acordo pode ser anunciado ainda hoje, afirmou uma fonte a par do assunto. Representante da Fiat Chrysler não comentou o assunto.

Depois de desistir de uma fusão com a Renault em junho, o presidente do conselho de administração da Fiat Chrysler, John Elkann, confirmou a tentativa do grupo ítalo-americano de buscar uma aliança alternativa.

O analista Richard Hilgert, da Morningstar, afirmou em relatório que os volumes de vendas da Fiat Chrysler e da Peugeot, incluindo parcerias na China, somam 8,7 milhões de veículos. Esse volume deixa o grupo combinado na quarta posição entre as maiores montadoras do mundo, atrás de Volkswagen, Toyota e da aliança Renault/Nissan, cada um com vendas de mais de 10 milhões de veículos.

“Vemos a combinação destas duas companhias como razoável, dada a competição global, alto nível de investimento e avanços como eletrificação e tecnologias de direção autônoma”, disse Hilgert.

O governo francês está acompanhando de perto as negociações. Paris tem uma participação de 12% na PSA por meio do banco BPI.

O ministro da Indústria da Itália, Stefano Patuanelli, disse ontem que Roma, que não tem participação na Fiat Chrysler, está acompanhando as discussões entre os dois grupos, mas evitou comentar o que chamou de “operação de mercado”.

A Fiat Chrysler, controlada pela Exor, holding da família italiana Agnelli, discutiu mais cedo neste ano uma combinação com a Peugeot, antes de fazer uma oferta de US$ 35 bilhões para fusão com a Renault.

Na época, a Fiat Chrysler afirmou que um acordo com a Renault seria mais vantajoso que uma combinação com a Peugeot, mas a família Agnelli rompeu as negociações depois que o governo francês interveio e pressionou a Renault a primeiro resolver suas brigas com a parceira japonesa Nissan.

Além dos 12% da PSA nas mãos do governo francês, a família Peugeot e o governo da China possuem participações similares na holding. (Reuters)

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