Fiemg critica burocracia e prazos do eSocial

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, fez duras críticas ao Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), do governo federal. “O melhor seria se o eSocial não existisse, não tivesse sido implementado e que as nossas empresas não tivessem que passar por mais esse processo burocrático, mais este conflito com a produtividade”, disse, ontem, durante evento na sede da entidade, em Belo Horizonte.
Roscoe frisou que a Fiemg “vai fazer todo o possível para o eSocial ser revogado”. “Temos feito inúmeras incursões junto ao presidente (Michel Temer), aos congressistas e todas as pessoas que podem influenciar nesta decisão. Estamos otimistas, mas não podemos fechar os olhos à realidade, que hoje é que existe um prazo para adesão”, disse.
O representante da indústria de Minas detalhou que a Fiemg está trabalhando em duas frentes. “A primeira é evitar que o eSocial seja implementado e a segunda é, se o programa for mesmo implantado, que haja uma oportunidade para as empresas aprenderem e se adaptarem”, explicou.
No caso o eSocial seguir em frente, o pleito da Fiemg é de se estabelecer um prazo para as empresas se adaptarem. Dentro desse período, a ideia é fazer com que a multa aplicável a empresas que não responderem corretamente ao cadastramento no programa seja educativa.
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Roscoe reforçou que o objetivo da entidade “continua sendo o de afastar o eSocial”, mas caso isso não aconteça, a Fiemg está trabalhando em soluções para facilitar o dia a dia das empresas diante deste novo cenário”. Por isso, a entidade apresentou, ontem, o Sesi Viva Mais, uma plataforma, que segundo o próprio industrial, pode tornar mais fácil a adequação novo sistema unificado de envio dos dados sobre trabalhadores.
O eSocial ampliou o prazo da primeira fase de implantação do programa para empresas com faturamento inferior a R$ 78 milhões, que terminaria em agosto. Com a mudança, a segunda fase, que se iniciaria em setembro, passou para outubro deste ano. A data prevista para o início da segunda fase é 10 de outubro. Nesta segunda etapa, os empregadores deverão informar ao eSocial dados dos trabalhadores e seus vínculos com as empresas, os chamados eventos não periódicos. (LF)
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