Fiemg esclarece processo de mineração pela Tamisa na Serra do Curral

A Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), em coletiva realizada nesta terça-feira, esclareceu pontos do processo de licenciamento ambiental da Taquaril Mineração S.A (Tamisa) na Serra do Curral. A entidade representante das indústrias ressaltou que há organizações que querem provocar um tumulto ambiental no Estado e com o intuito de barrar investimentos importantes para a economia mineira.
A aprovação, ocorrida durante a madrugada do último sábado (30), liberou o empreendimento minerário no cartão-postal da capital mineira. O plano da Tamisa inclui a exploração da região da Fazenda Ana da Cruz, que fica em Nova Lima, na divisa com a Capital e próxima ao Pico Belo Horizonte, ponto mais alto da serra. Aprovado em reunião do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), que durou quase 20 horas, o projeto vem sendo questionado na justiça.
O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, ressaltou que é necessário que haja uma explicação para a sociedade dos fatos reais e concretos já que, segundo ele, existem versões falsas, muitas delas, com intuito de enganar o cidadão comum de Belo Horizonte.
“É importante resgatar a qualidade do nosso processo de licenciamento, a qualidade com que as iniciativas ambientais vêm sendo implementadas em Minas Gerais e a segurança do ponto de vista ambiental que o licenciamento vem garantidos. Queria dizer que, notadamente, há uma estratégia de algumas organizações em criar tumulto ambiental no Estado. Acabamos de passar isso no caso da Heineken. Em curto espaço de tempo e por versões falaciosas fizeram com que Pedro Leopoldo perdesse a planta, deixando de gerar milhares de empregos na região e mais de R$ 200 milhões de impostos ao ano para o município”.
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Segundo Roscoe, a situação se repete com a Taquaril Mineração. “A gente vê a replicação da mesma coisa agora. Pega o ícone que é a Serra do Curral e fala que vai destruir. Tem abaixo assinado para tombar a Serra, que já é tombada há anos, desde 1961 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A Serra é intocável e será preservada. O empreendimento não altera a área protegida e visual da Serra do Curral. As imagens de que a serra vai acabar são maldosas”.
Ainda segundo Roscoe, outro ponto que precisa ser esclarecido se refere aos recursos hídricos. A exploração da área, segundo Roscoe, provocará uma interferência mínima, já que não haverá rebaixamento do lençol freático e a exploração não irá afetar a vazão das três nascentes localizadas no local do empreendimento.
Em relação a barragem de rejeitos, o projeto não terá esse modelo e o tratamento do minério será “a seco”, diminuindo, além disso, o risco de emissão de particulados.

No que se refere a aprovação pelo Copam “na calada da madrugada”, Roscoe ressaltou que a votação foi iniciada no dia 29 de abril, às 9h. No total, foram 19 horas de sessão e mais de 100 pessoas tiveram fala, se manifestando contra ou a favor do projeto.
“Dizem, agora, nas redes sociais, que o processo de mineração na Serra do Curral da Tamisa foi aprovado na calada da madrugada, mas não foi assim. Mais de 100 pessoas se inscreveram e falaram, muitos para protelar e tentar a suspensão da sessão. Não foi um ato escuso. Os pareceres são técnicos e sérios”, disse.
Roscoe defendeu ainda que em comparação com outros projetos de mineração, o da Tamisa é de pequeno porte e causará menor impacto, e a maior parte, dentro da área da própria empresa.
“A área do empreendimento da Tamisa é de 1,25 mil hectares e a área a ser explorada na primeira fase será de 42 hectares, e a fase dois mais 58 hectares (esta segunda ainda depende de licenciamento). A área é pequena, vai ter um minianel viário de sete quilômetros que será entregue à sociedade. Serão gerados 2 mil empregos, sendo 60% das vagas preenchidas com mão de obra local. A previsão é gerar R$ 4 bilhões de impostos em 10 anos de exploração”, disse.
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