Economia

Filho sem Fila buscou novas soluções na área de atuação e dribla crise

Filho sem Fila buscou novas soluções na área de atuação e dribla crise
Principal foco do Filho Sem Fila são as grandes e médias cidades, afirma Léo Gmeiner - Crédito: Divulgação / BMG UpTech

Controlar a entrada dos alunos permitindo ganho de tempo e segurança era a missão da edtech Filho sem Fila até março de 2020. As escolas fechadas e a falta de perspectivas quanto à data de volta poderia ter destruído a marca. O poder da adaptação e a busca por soluções dentro da própria expertise da empresa foram a saída para que ela não apenas sobrevivesse, mas até ganhasse novos clientes.

De acordo com o CEO da Filho sem Fila, Leo Gmeiner, as iniciativas levadas a cabo nos últimos seis meses proporcionaram aumento de 80% no número de clientes e de 100% no número de alunos registrados na plataforma. Foram criadas funcionalidades para a ferramenta, como o questionário de Covid-19, e mais um passo foi tornar possível condições especiais de pagamento para contratos de escolas que adquirem o serviço do aplicativo.

“Quando as escolas fecharam, ficamos quase sem utilidade. Já éramos uma empresa totalmente digitalizada, então era fácil trabalhar de casa. Quando vimos que a coisa estava se prolongando, fizemos um planejamento com alguns cenários – dos menos aos mais pessimistas. Sempre olhando para o propósito da empresa, chegamos à conclusão que existimos para ajudar as escolas, então íamos ajudar do jeito que elas precisavam nesse momento. Decidimos, junto com os clientes, gerar uma oportunidade de conteúdo para as escolas. No dia 23 de março fizemos o primeiro webinar convidando escolas que já eram digitalizadas a ensinar para as que tinham mais dificuldade os passos para transformar as aulas presenciais em on-line. Foi uma entrega que as escolas estavam gostando, então continuamos levando conteúdos distintos a partir de solicitações das próprias instituições. Isso nos fez voltar a crescer. Saímos de mais ou menos 180 escolas em março para mais de 320 agora. De 39 mil alunos para 80 mil alunos. Ficamos mais abrangentes do ponto de vista do produto. Atendíamos aos ensinos infantil e fundamental. Passamos a ser úteis para ensino médio e funcionários”, explica Gmeiner.

Internacionalização – E não foi só no Brasil que a empresa cresceu. Novos negócios tiveram início também nos Estados Unidos e Uruguai, somando-se aos já existentes no Paraguai e Canadá. Ao mesmo tempo, a Filho sem Fila também centra esforços em Minas Gerais e Rio de Janeiro. Um dos objetivos no Estado é aumentar a penetração no interior, especialmente entre as redes locais de ensino.

“Em 2021 as aulas híbridas vão se manter. Algumas ferramentas que construímos como o controle de sintomas deve ganhar uma nova forma, se tornando uma funcionalidade permanente do aplicativo. Criamos também uma validação de veículos por QR Code. Já fazíamos isso com etiquetas eletrônicas. Criamos um aplicativo de auto check-in. Isso facilita os processos da escola nos processos de segurança, monitorando quem encontrou com quem. Minas Gerais está no nosso radar, primeiro porque é um Estado importante em volume e também porque temos pouca participação até hoje. O Estado é chave do ponto de vista das escolas particulares e públicas também. Sempre quisemos nos aproximar das públicas. Nesse momento conseguimos afinar a solução para atender também essas escolas”, completa o CEO da Filho sem Fila.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas