Economia

Filosa deixa a Stellantis, dona da Fiat, como líder de vendas

Marcas da Stellantis, como a Fiat, também se beneficiaram em sua gestão, segundo Filosa, que deixará o comando da empresa no fim deste mês
Filosa deixa a Stellantis, dona da Fiat, como líder de vendas
O dirigente deixará a companhia para assumir, no próximo dia 1º, o posto de CEO global da Jeep | Crédito: Leo Lara/Studio Cerri

Na última sexta-feira (20), o presidente da Stellantis (antiga Fiat) para a América do Sul, Antonio Filosa, fez um balanço de sua gestão no grupo, que começou em 2018 e se encerrará no fim deste mês. Entre alguns pontos, o executivo destacou que, ao longo dos últimos seis anos, tornou a empresa líder de vendas nas três principais praças do continente: Brasil, Argentina e Chile, países que, juntos, representam mais de 75% do mercado sul-americano de automóveis e comerciais leves.

Segundo Filosa, a Stellantis era terceiro lugar no ranking quando ele assumiu o comando do grupo na região. Ele enalteceu, além disso, o fato de a participação de mercado das marcas da companhia terem passado de 16,7% para 23,8% no período. Para efeito de comparação, o segundo colocado da lista, de acordo com o executivo, tem aproximadamente 13% de market share

O dirigente deixará a companhia para assumir, no próximo dia 1º de novembro, o posto de CEO global da Jeep, uma das marcas da Stellantis. Vale destacar que o grupo também é dono de outras, como a Peugeot, Citroën, RAM e Fiat – com fábrica em Betim, na Grande Belo Horizonte. 

“Obviamente, todas as marcas se beneficiaram desse crescimento. A Fiat passou de 9,6% para 14,5% de mercado. Ela era terceira em 2018 e passou a ser primeira com sobras na América do Sul e, no Brasil, muito mais. A Jeep passou de 3% para 4% – e agora vai crescer mais. Peugeot e Citroën também tiveram altas nesse período. E a RAM, que acabamos de lançar como a minha última intervenção no mercado, triplicou os volumes de 2018 para 2023, passando de menos de cinco mil unidades (vendidas por ano) para 15 mil (até setembro)”, elencou.

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O italiano será sucedido por Emanuele Cappellano, que atualmente exerce as funções de CEO da Stellantis na América do Norte e de diretor corporativo e estratégico do Grupo Marcolin, desde 2021. Vale ressaltar que ele, anteriormente, ocupou o cargo de Diretor Financeiro (CFO) da Stellantis na América do Sul, durante o período de 2017 a 2021.

Filosa destaca rebranding na Fiat e Citroën

Filosa também ressaltou que, sob sua administração, foi criado uma trajetória com três premissas principais. A primeira foi a modernização das plantas na América do Sul e o desenvolvimento de uma sinergia entre elas. A segunda foram os diversos produtos lançados pelo grupo em todos os segmentos. E, por último, a realização de um rebranding na Citroën e, sobretudo, na Fiat. 

Em relação aos novos veículos apresentados pela Stellantis entre 2018 e 2023, ele destacou que foram, ao todo, 47 lançamentos. Entre eles: Fiat Toro, Nova Strada e Ducato; RAM 2500 e Rampage; Peugeot 208 Turbo e E-2008; Jeep Compass 4XE e Gladiator; além do Citroën C3. 

Investimentos em veículos menos poluentes e energia limpa

Outro ponto destacado pelo executivo foi o compromisso da Stellantis com a redução de emissões de carbono e o progresso da empresa no desenvolvimento de veículos menos poluentes. Conforme ele, é fundamental a integração do etanol com a eletrificação para a descarbonização. 

Na terça-feira (17), a companhia anunciou que planeja alocar em 2024 parte da sua produção no polo automotivo de Goiana, em Pernambuco, para fabricação de veículos com tecnologia “bio-hybrid” – híbridos movidos a etanol. Segundo a montadora, a produção a partir do próximo ano também incluirá os veículos 100% elétricos a bateria desenvolvidos pela empresa no Brasil. 

Por fim, Filosa ressaltou alguns investimentos estratégicos da Stellantis para avançar ainda mais no mercado de energia limpa. De acordo com o dirigente, o grupo investiu em cobre e lítio na Argentina e em cobre e níquel no Brasil, em minas localizadas em Alagoas e Bahia. 

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