Filtro prensa da planta da Alcoa em Minas entrará em operação

A Alcoa inaugura, no próximo dia 18, o filtro prensa na unidade de Poços de Caldas, no Sul do Estado. Sob investimentos de R$ 330 milhões, o projeto se torna um marco para a empresa no Brasil, uma vez que altera a tecnologia de disposição do resíduo de bauxita, de úmido para seco. A unidade mineira é a primeira da companhia no País, a terceira no mundo a implantar a metodologia e entra em uma nova era de inovação e sustentabilidade.
As obras duraram um ano. Desde agosto, o método, que elimina 70% da umidade do resíduo, vinha em testes e agora entrará, oficialmente, em operação. Segundo a metalurgia, a implantação é resultado de sete anos de estudos e uma das mais modernas tecnologias existentes no mundo. Foram instalados três filtros.
“O filtro prensa é o nosso mais importante projeto. Além de garantir a continuidade das nossas operações, atende às exigências da companhia em relação à disposição de resíduos e à legislação estadual de segurança de barragens e nos permite continuar avançando de forma sustentável e cada vez mais reinventando a indústria do alumínio”, disse o diretor de operações da unidade, Fábio Martins, quando do início dos testes.
Na prática, o filtro prensa consiste na implantação de uma planta de filtração na refinaria, que gera o resíduo seco, com apenas 30% de umidade, equivalente à umidade natural do solo, e direciona a água retirada ao processo produtivo, por meio de um circuito fechado, para ser reutilizada. Já o resíduo seco será transportado em caminhões e descarregados em uma nova área de disposição de resíduo, onde será transformando em tortas secas e estocadas pelo método de empilhamento a seco.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
Ainda conforme a Alcoa, além de inovadora, esta metodologia também reduz a emissão de carbono, devido à menor utilização de área de disposição, menor acúmulo de água e consequentemente menor consumo de energia no processo. “A implantação dos filtros prensa na planta de Poços de Caldas faz parte dos mais de R$ 800 milhões que estão sendo investidos pela Alcoa no Brasil, que contemplou também a retomada da produção de alumínio na Alumar, em São Luís (MA), reiniciada no final de abril, tornando o nosso País novamente autossuficiente em metal primário”, disse o VP de Operações Brasil, San Ciprian, Oriente Médio e África e presidente da Alcoa Brasil, Otavio Carvalheira.
Conforme publicado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO quando do lançamento do projeto, o mesmo implicou em impacto positivo na economia da cidade e região, tendo gerado cerca de 500 empregos indiretos durante o pico da obra, contribuiu ainda para os negócios de locação de imóveis e comércio. Agora serão gerados cerca 20 empregos diretos, que serão agregados aos atuais 533 funcionários diretos e 501 indiretos apenas na unidade mineira.
A Alcoa está no Brasil há 57 anos e iniciou suas operações em Poços de Caldas. A fábrica de pó de alumínio completou 40 anos em abril e é a única do sistema Alcoa no mundo. A multinacional americana é ainda líder mundial em produtos de bauxita, alumina e alumínio e, além da unidade de Poços, possui mais duas unidades produtivas no Brasil: São Luís (MA) e Juruti (PA), bem como escritórios em São Paulo (SP), Poços de Caldas e Brasília (DF). A empresa tem ainda participação acionária em quatro usinas hidrelétricas: Machadinho, Barra Grande, Serra do Facão e Estreito.
Ouça a rádio de Minas