Economia

Financiamento para aquisição de veículos
cai no Estado

Queda em julho ocorre no confronto com igual mês de 2021, influenciada principalmente pela alta dos juros e inflação
Financiamento para aquisição de veículoscai no Estado
Com juros altos e inflação, as vendas financiadas de veículos recuaram 10% de janeiro a julho em MG | Crédito: Charles Silva Duarte/Arquivo DC

Em Minas Gerais, as vendas financiadas de veículos, ao longo de julho, totalizaram 41.312 unidades, entre novos e usados. Conforme os dados da B3, o número, que inclui automóveis leves, motos e pesados, ficou praticamente estável frente a junho, com pequena queda de 0,5%. Já na comparação com igual mês de 2021, foi registrado recuo de 19,2%.

Com o resultado mensal, no acumulado do ano até o sétimo mês, a comercialização financiada de veículos somou 280.681 unidades em Minas Gerais. O montante ficou 10% inferior ao registrado no mesmo intervalo do ano passado.

A conjuntura econômica desfavorável, com juros altos e inflação, impacta no número de financiamentos realizados. 

Levando em consideração os dados de julho, as vendas financiadas no segmento de autos leves – que somaram 31.824 unidades – registraram oscilação positiva de 3,2% em relação ao mês anterior. Comparado com julho de 2021, o número de financiamentos de autos leves teve queda de 21,1%.

Em automóveis leves, o financiamento de unidades novas – 6.400 – avançou 17,2% frente a junho e 7,2% se comparado com julho de 2021. Já os usados, cujas vendas somaram 25.424 veículos, encerraram julho com queda de 26% frente a julho anterior e alta de 0,2% frente a junho. 

No sétimo mês do ano, o financiamento de veículos pesados registrou crescimento de 6,5% na comparação com junho, mas queda de 8,5% considerando julho de 2021. Ao todo, foram financiadas, em Minas Gerais, 3.129 unidades.

Os veículos pesados novos, 1.453, tiveram as vendas aumentadas em 5,2% frente a junho, mas, no confronto com julho de 2021, houve queda de 0,2%. Dentre os usados, 1.676 unidades, foi registrada queda de 14,6% nos financiamentos feitos em julho frente a igual mês de 2021 e alta de 7,6% na comparação com junho. 

O segmento de motos registrou baixa de 18,3% no número de financiamentos em relação a junho, com 6.230 unidades. Na comparação com julho de 2021, também houve recuo, de 14%. O financiamento de motos novas, 3.489 unidades, apresentou as maiores quedas, de 24,4% frente a julho de 2021 e de 29,2% na comparação com o sexto mês do ano. Já o financiamento de motos usadas cresceu 1,5% frente a junho e 4,3% no confronto com julho de 2021.

A superintendente de Planejamento da B3, Tatiana Masumoto Costa, destaca que a tendência é que haja queda no financiamento dos veículos. Isso em função da conjuntura, inflação e juros altos.

“Os financiamentos estão em queda frente ao ano anterior. Em Minas Gerais, a volumetria está 10% abaixo na comparação com 2021. A tendência é de queda em relação a 2021 dadas as adversidades impostas pelo cenário econômico”, disse.

Acumulado do ano 

No acumulado de janeiro a julho, as vendas financiadas de veículos no Estado somaram 280.681 unidades. O número ficou 10% inferior ao mesmo período de 2021.

No total, as vendas financiadas de veículos novos chegaram a 71.023 unidades, retraindo 9,5% frente aos primeiros sete meses de 2021. Os usados, 209.658 unidades, tiveram os financiamentos reduzidos em 10,2%.

Governo quer maior disputa em transporte

São Paulo – O governo encaminhou ao Congresso, na sexta-feira (19), um projeto de lei que visa ampliar o acesso de empresas às infraestruturas de transporte de combustíveis, maximizando o uso de dutos e terminais com o objetivo de “propiciar redução de preços aos consumidores”.

Elaborada pelos ministérios de Minas e Energia e Economia, a proposta aperfeiçoa a Política Energética Nacional e tem como meta aumentar a competição no mercado de combustíveis e incentivar investimentos no setor, disse o governo.

O Ministério de Minas e Energia afirmou que a medida, de caráter estruturante, é fundamental no contexto de abertura do mercado de combustíveis, especialmente com o processo de venda de ativos de refino e logística da Petrobras.

De acordo com o projeto, a capacidade não utilizada de dutos de transporte e terminais aquaviários será passível de contratação por qualquer interessado, na forma prevista na regulação.

Ficam vedados o tratamento discriminatório e a imposição de barreiras injustificadas ao acesso de terceiros. O congestionamento contratual não poderá ser considerado empecilho ao cumprimento da regulação.

Também foi proposta a desverticalização jurídica para a atividade de transporte, refletindo conceitos já empregados na indústria do gás natural e no setor elétrico, disse o governo.

Com a aprovação da norma, a agência reguladora ANP será dotada de novos instrumentos para coibir condutas dos agentes regulados em desacordo com as regras de acesso.

“Isso deve promover a maximização do uso dos dutos de transporte e dos terminais aquaviários e, consequentemente, permitir que os produtos cheguem até os mercados de maneira mais eficiente, reduzindo custos logísticos e contribuindo para a garantia do abastecimento nacional, com potencial de redução dos preços dos combustíveis”, afirmou o Ministério de Minas e Energia em nota.

“A medida tem como pilares a transparência, o respeito aos contratos e a ação do órgão regulador nos casos de conflito”, acrescentou. (Reuters)

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