Financiamento de veículos cresce 26,6% em Minas Gerais
Impulsionado pela venda de usados, o financiamento de veículos – novos e usados – em Minas Gerais cresceu 26,6% em julho deste ano comparado com o mesmo mês do ano passado, e 5,9% em relação a junho. No País, o crescimento ano a ano foi de 27,2%, enquanto a alta mensal foi de 7,2%.
Os dados são da B3, que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito em todo o território nacional.
Ao todo, foram financiados 57,6 mil automóveis no Estado em julho. O destaque foi para o segmento de autos leves, única categoria com crescimento anual, de 25,4%, e mensal, de 11,8%. O financiamento de motos no Estado registrou aumento de 32,3% na comparação ano a ano, mas queda de 9,2% em relação a junho. Já o de veículos pesados, obteve alta de 25,6% frente ao mesmo período de 2023 e baixa de 12,1% comparado ao mês anterior.
O especialista em finanças Matheus Machado afirma que os veículos usados se tornaram uma opção mais atrativa frente ao alto custo dos automóveis novos, principalmente após a pandemia. “Esse crescimento vem muito na linha dos usados e vem muito também em função de, não um aquecimento, mas de uma estabilização pós-pandemia, porque ano passado a gente ainda estava saindo desse período. Esse ano a gente já tem um fôlego a mais”, explica.
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Machado aponta que boa parte dos consumidores do País tem buscado os consórcios, que oferecem taxas administrativas fixas e que dão previsibilidade ao comprador, o que é um diferencial com a falta de estabilidade financeira da população em geral.
No acumulado do ano, as vendas financiadas de veículos novos e usados em Minas Gerais somaram 313,9 mil unidades, alta de 21,7% em relação ao mesmo período de 2023. Deste total, 227,8 mil foram de veículos usados.
No Brasil, o aumento foi de 24,3% no acumulado do ano em relação ao mesmo período do ano passado, e somaram 4 milhões de unidades financiadas. Foram cerca de 793 mil automóveis financiados a mais, a melhor marca do País para os primeiros sete meses do ano desde 2011.
O aumento no número de financiamentos pode indicar também uma descapitalização da população, comenta Machado. “Tem boa chance de que a população esteja com menos dinheiro disponível em mãos para adquirir o bem de formas menos onerosas, por exemplo, à vista, já que optando-se por financiamento no momento atual, com taxa de juros acima de 10%, muito provavelmente essas pessoas estão contraindo dívidas caras”, finaliza.
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