Fiscalização paralisa plataforma a serviço da Petrobras na Bacia de Santos

Rio – As operações da plataforma FPSO Cidade de Santos, a serviço da Petrobras, estão paralisadas desde a última quinta-feira após uma fiscalização de autoridades apontar inconformidades, informou ontem a Modec, operadora da unidade que produz nos campos de Uruguá e Tambaú.
A paralisação foi resultado da Operação Ouro Negro, que realiza ações de inspeção e fiscalização em plataformas marítimas e é normalmente composta por órgãos como a Marinha, a reguladora ANP, o Ministério Público do Trabalho (MPT), o órgão ambiental federal Ibama, dentre outros.
A FPSO Cidade de Santos, um tipo de navio flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás, fica na Bacia de Santos. A produção diária da plataforma é de aproximadamente 8,5 mil barris de petróleo por dia, segundo a Modec.
A empresa não detalhou a natureza e nem o volume das inconformidades encontradas. Em um dos casos, a empresa informou que a auditoria recomendou melhorias na gestão do benzeno, uma substância que, segundo ela, seria característica natural deste campo.
“A equipe da embarcação está trabalhando para solucionar as pendências apontadas e retomar a operação da unidade o mais breve possível”, disse a Modec por e-mail, sem informar um prazo.
A empresa afirmou ainda que a plataforma segue com o número máximo de pessoas a bordo e que não houve desembarque em decorrência da auditoria.
A Petrobras preferiu não responder a pedidos de comentários.
É a segunda notícia envolvendo problemas em plataformas da Modec no Brasil em cerca de um mês.
Em agosto, a Modec informou que trincas foram encontradas no casco da plataforma FPSO Cidade do Rio de Janeiro – já fora de operação e em processo de desmobilização –, no campo de Espadarte, na Bacia de Campos. O problema levou ao vazamento de óleo residual. (Marta Nogueira/Reuters)
Preços do petróleo sobem cerca de 1%
Nova York – O petróleo avançou cerca de 1% ontem em uma sessão volátil, com operadores focados em quando a Arábia Saudita poderá retomar sua capacidade total de produção, na sequência dos ataques de 14 de setembro às suas instalações.
Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em alta de US$ 0,49, ou 0,8%, a US$ 64,77 por barril, enquanto o petróleo dos Estados Unidos ganhou US$ 0,55, ou 1%, e fechou a US$ 58,64/barril.
“Vimos os futuros operando em ambos os lados na segunda-feira. O mercado está hesitante em gerar uma alta excessiva neste momento, até que se tenha mais fatos. Mas eu acho que as notícias altistas se sobrepõem às baixistas, e é por isso que fechamos o dia em alta”, disse o analista do Price Futures Group, Phil Flynn.
Os futuros do Brent iniciaram a sessão em uma máxima de US$ 65,50, após o “Wall Street Journal” dizer em reportagem que a Arábia Saudita poderia levar meses a mais do que o antecipado pela Aramco para reparar os danos causados pelos ataques de 14 de setembro.
O valor de referência global, no entanto, recuou para uma mínima de US$ 63,53 depois de a “Reuters” noticiar que os sauditas podem retomar produção até o início da próxima semana. (Alex Lawler e Dmitry Zhdannikov em Londres, Florence Tan em Cingapura / Reuters)
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