Fissuras levam barragem Forquilha V, da Vale, a situação de alerta

Após vistoria da Agência Nacional de Mineração (ANM) na mina de Fábrica da Vale, na última segunda-feira (5), em Ouro Preto, na região Central do Estado, foram identificadas fendas na estrutura da barragem Forquilha V, o que a colocou em estado de alerta. As fendas foram encontradas na estrutura onde ficam os rejeitos de minério de ferro e, com isso, o risco potencial se tornou alto, com possibilidade, inclusive, de um possível rompimento.
A Vale, que é responsável pela unidade, tem como obrigação proceder com medidas corretivas e realizar inspeções diárias, além de fazer o envio de um relatório semanal atualizando a ANM sobre o comportamento das fendas.
Em nota, a Vale esclareceu que “a barragem Forquilha V, localizada na mina de Fábrica, a cerca de 34 quilômetros da região central do município de Ouro Preto, não sofreu alterações nas suas condições de estabilidade e permanece com Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) e Declaração de Conformidade e Operacionalidade (DCO) positivas vigentes”.
A Vale informou também que, no último dia 5 de agosto, a ANM vistoriou a estrutura após a equipe técnica da Vale identificar e comunicar a ocorrência de fissuras. “Sendo determinado pelo órgão a Situação de Alerta, o que não representa uma situação que altera as condições de estabilidade da barragem”, explica a mineradora em nota.
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Ainda de acordo com a Vale, um plano de ação já está em andamento para correção e a barragem Forquilha V não tem influência sobre outras barragens do complexo e não há comunidade e estruturas operacionais na sua Zona de Autossalvamento (ZAS).
“A estrutura foi construída pelo método de etapa única e está sem operar desde 2023. A barragem é monitorada 24 horas por dia, 7 dias por semana pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG) da empresa”, conclui a nota.
Em abril deste ano, a mineradora finalizou as obras de reparo em um dos dispositivos de drenagem da barragem Forquilha III, também na mina de Fábrica e a intervenção foi realizada para corrigir uma anomalia que havia sido identificada anteriormente. À época, representantes da ANM inspecionaram o dreno, certificando a execução da operação. A mineradora realizou o monitoramento constante da estrutura e fez a verificação da eficácia das soluções implementadas, assim como a continuação dos trabalhos para a descaracterização da barragem e a redução do seu nível de emergência.
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