FMI quer fechar acordo o mais rápido possível

Washington/ Buenos Aires – O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou, na quinta-feira (6), que quer finalizar as negociações para “fortalecer” o apoio de US$ 50 bilhões à Argentina “o mais rápido possível”, conforme o peso e as ações do país avançavam pelo segundo dia consecutivo na ocasião.
Um novo acordo com o FMI é considerado essencial para sustentar a confiança do investidor nos ativos da Argentina, uma vez que o peso enfraqueceu cerca de 50% contra o dólar este ano, sendo uma das moedas dos mercados emergentes de pior desempenho.
“Estão sendo feitos progressos nessas discussões, que agora continuam no nível técnico e, novamente, sobre como fortalecer ainda mais o programa das autoridades argentinas, que é apoiado pelo FMI”, disse o porta-voz do fundo, Gerry Rice, em entrevista coletiva regular do Fundo Monetário Internacional.
“O que madame Lagarde tem dito é que vamos trabalhar para concluir o mais rapidamente possível”, acrescentou ele, referindo-se à diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde.
Rice disse que as negociações incluem sustentabilidade da dívida e “potencial de outras formas de financiamento”.
Argentinos confiantes – Na última quarta-feira (5), o ministro das Finanças argentino, Nicolas Dujovne, destacou que tem “enorme confiança” de que seu país será capaz de alcançar um acordo com o FMI sobre o desembolso antecipado do empréstimo, aprovado no mês de junho, antes de o peso sofrer a forte depreciação vista na semana passada.
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As discussões continuavam pelo terceiro dia na quinta-feira embora Nicolas Dujovne, que liderou os delegados de seu país no início das conversas, tenha voltado a Buenos Aires, como previsto, e deixado sua equipe para definir os detalhes com o Fundo Monetário Internacional, na expectativa de apresentar um acordo à diretoria da instituição para aprovação neste mês.
O peso tinha alta contra o dólar, e o índice acionário Merval subia mais de 3,5%, liderado pelo setor financeiro. (Reuters)
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