Franquias mineiras faturam R$ 9,1 bilhões no 1º semestre

No 1º semestre deste ano, o faturamento das franquias mineirasc atingiu R$ 9,1 bilhões, um crescimento de 28% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Essa evolução é quase o dobro do aumento da receita nacional das franquias, de 15%. Ao todo, o setor faturou R$ 105,1 bilhões em todo o país na primeira metade do ano.
Ainda segundo a ABF, em Minas Gerais, o mercado de franquias expandiu 2,3% e chegou a cerca de 17 mil empreendimentos, com uma alta de 7,1% nas contratações. Hoje, o setor registra no Estado mais de 142 mil vagas de trabalho formais.
Em um encontro com associados mineiros na cidade de Extrema, na fronteira mineira com o estado de São Paulo, o diretor da ABF Regional Minas, Antônio Bortolleto, elenca dois motivos para o crescimento das franquias em Minas ser superior ao nacional. “Primeiro, a consolidação as atividades presenciais, incluindo eventos e o turismo de forma geral. Segundo, nosso Estado tem uma economia muito diversificada e com polos regionais fortes, o que acaba alavancando os resultados de uma gama ampla de franquias, com destaque para serviços de forma geral”, disse.
O diretor ressalta que o bom desempenho no ramo do food service, associado ao delivery, e a expansão de microfranquias e outros formatos alternativos também contribuíram para o resultado no faturamento mineiro.
Em 2023, o setor de franquias deve registrar um aumento de 9,15% a 12%, segundo projeção da ABF. Antônio Bortolleto crê que Minas Gerais deva acompanhar esse crescimento ou continuar acima da média nacional, com a expectativa na diminuição da taxa de juros pelo Banco Central. “Estamos acompanhando a queda gradativa da queda dos juros, uma diminuição do endividamento e ainda temos dados muito fortes para o varejo no segundo trimestre, com destaque para Black Friday e Natal”, comentou.
Desafios
O diretor explica o mercado de franquias tem alguns desafios além das oscilações da economia. Ele diz que o setor tem de estar atento para entender e se adaptar as mudanças de comportamento do consumidor. “A pandemia provocou mudanças profundas e é preciso evoluir sempre”, afirma.
Ainda segundo Bortolleto, é necessário ter um acesso mais fácil ao crédito e buscar eficiência. “O crédito é importante tanto para investimentos como para equacionar compromissos assumidos ao longo da pandemia. Ainda enfrentamos pressões inflacionárias consideráveis, de forma que ganhar eficiência continua sendo fundamental”, finaliza.
Ouça a rádio de Minas