Frota atual em Minas Gerais é de mais de 12,4 milhões de veículos

A sensação ao se transitar por regiões movimentadas é que a quantidade de automóveis cresceu significativamente nos últimos anos. E esse sentimento pode ser comprovado pelos dados da frota que circula hoje pelas ruas de Minas Gerais. Segundo a Coordenadoria Estadual de Gestão do Trânsito (CET), um total de 12,4 milhões de veículos.

Para se ter uma ideia, no fim de 2020, o número contido nos registros do órgão executivo de trânsito, vinculado à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MG), era de 11,7 milhões de unidades, ou quase 725 mil veículos a menos. Já em comparação ao exercício passado, quando circulavam 12,4 milhões de automóveis, a frota aumentou 2,4%. 

Em Belo Horizonte, o crescimento, embora um pouco menor, também foi significativo. Há três anos, 2,2 milhões de automóveis transitavam pelos corredores viários da Capital, enquanto hoje, a frota está na casa dos 2,5 milhões de veículos. Frente a 2022, o montante subiu apenas 1,2%, mas no confronto com o ano imediatamente anterior, o avanço foi de 9,3%. 

Veículos movidos a gasolina e/ou etanol lideram frota circulante

Há exatamente duas décadas, chegou ao mercado brasileiro o primeiro veículo com motor flex – que funciona tanto com gasolina quanto com álcool ou com a mistura dos dois. A pioneira foi a montadora alemã Volkswagen, com o modelo Gol 1.6 Total Flex. Antes disso, quem fosse comprar um carro no País, era obrigado a escolher entre uma ou outra opção. 

A inovação tecnológica caiu nas graças da população. Conforme a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em fevereiro deste ano, a um mês de completar 20 anos de seu lançamento no Brasil, a marca de 40 milhões de automóveis flex fabricados e comercializados foi alcançada. E uma boa parte está circulando por Minas Gerais.

De acordo com a CET, o Estado possui 5,9 milhões de veículos movidos a gasolina e/ou etanol, ou seja, mais da metade do número total de automóveis que circula pela malha rodoviária mineira. Em Belo Horizonte, esse modelo também lidera a lista detalhada por tipo de combustível, sendo 1,7 milhão de unidades, o que representa 31,8% da frota completa. 

Além disso, devido ao sucesso do flex, o número de automóveis que se movem somente com um dos dois combustíveis vem diminuindo ano a ano. Entre 2020 e o dia 6 de outubro de 2023, quando esses dados foram colhidos, os veículos movidos apenas a gasolina caíram de 5 milhões para 4,7 milhões em Minas Gerais, e na Capital, de 578 mil para 535 mil. Já aqueles abastecidos com álcool, passaram de 391 mil para 309 mil e de 47 mil para 36 mil, respectivamente.

Automóveis abastecidos com diesel, GNV e eletricidade    

Além das unidades com motor flex e movidos apenas a gasolina ou etanol, Minas Gerais tem, hoje, um milhão de automóveis abastecidos exclusivamente com diesel, entre veículos de carga, de transporte coletivo ou modelos off-road com capacidade de carga superior a uma tonelada, como os sport utility vehicles (SUVs) e crossovers. Na Capital, são 176 mil unidades. 

Pensando em sustentabilidade e economia, o gás natural veicular também ganhou bastante espaço nos últimos tempos, uma vez que oferece uma redução na emissão de gases de efeito estufa e seu preço é relativamente mais barato do que a gasolina. Ao todo, no Estado, são mais de 37 mil automóveis com o kit GNV instalado. Desse total, 12,5 mil estão em Belo Horizonte. 

O número de veículos elétricos – que prometem ser o transporte do futuro – ainda não é alto no Brasil, embora as perspectivas sejam de alcançar uma frota de 35 milhões até 2040, conforme estudo feito pela consultoria Strategy&. Em solo mineiro, por exemplo, os automóveis que podem ser movidos a eletricidade não chegam a 15 mil. E na Capital, são apenas 7 mil.