Economia

Gasmig adota congelamento parcial após reajustar preço

Gasmig adota congelamento parcial após reajustar preço
Preço do gás consumido em residências foi corrigido no dia 1º de fevereiro em 4,39% | Crédito: Divulgação

A Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) anunciou o congelamento dos preços do gás natural para residências e pequenos comércios. Isso porque os novos valores que passaram a vigorar em 1º de fevereiro deste ano representavam uma alta de, em média, 25%. No ano passado, a Gasmig já havia congelado os reajustes que pressionavam  a categoria, decisão que se repete agora e deve vigorar no prazo de um ano, até fevereiro de 2023. 

Segundo a companhia, a medida visa garantir a confiança e a estabilidade daqueles clientes que consomem o recurso. Ademais, de acordo com o diretor-presidente da Gasmig, Pedro Magalhães, a medida reforça a previsibilidade, que é uma das características do combustível para clientes com pequenas necessidades. 

“O fato de o preço do gás natural ser regulado é muito bom para as famílias, pois garante que as famílias vão pagar um valor que é válido por um ano. É muito mais fácil fechar as contas quando se tem previsão das contas que vão chegar em casa”, afirmou Magalhães. 

Atualmente, no Estado, a Gasmig é a empresa que faz a gestão da concessão sobre a distribuição do gás canalizado. Vale ressaltar que para clientes com pequenas demandas e aqueles residenciais o reajuste tarifário ocorre anualmente. Enquanto isso, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), responsável pela regulação do tema no Estado, homologa reajustes trimestrais para os segmentos industrial, uso geral, gás veicular, cogeração, além dos gases liquefeito e o comprimido. Na última publicação da Sede sobre os reajustes, os preços no mercado apontavam para altas mais expressivas entre 2021 e 2022 em algumas das categorias. 

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Reajustes já anunciados

O gás natural industrial e o veicular subiram, respectivamente, 13,19% e 12,46% neste primeiro trimestre. Os reajustes foram anunciados pela Gasmig após homologação da Sede em fevereiro deste ano. Em fevereiro de 2021, o gás comercializado às indústrias custava R$ 2,1060 (medida para 350.000 m³). Neste ano, o preço para a mesma medida está em R$ 3,2319. No caso do gás veicular, o preço subiu, no mesmo período, de R$ 1,8498 por metro cúbico para R$ 2,8364. O residencial, que teve o bônus do congelamento, custa agora R$ 7,5410 frente aos R$ 6,0307 para cada 18 m³. Em 2020, ano em que o preço ainda não estava congelado, o cliente residencial pagava R$ 4,8033 para a mesma medida. 

Ainda de acordo com a Gasmig, os percentuais repassados pela companhia são mais baixos que aqueles anunciados pela Petrobras. Nesse sentido, o diretor-presidente da empresa afirmou que as variações são reflexo, principalmente, do preço do barril de petróleo no mercado internacional, além da cotação média do dólar que é revista trimestralmente. 

Revisão de 40% no contrato 

Outra medida que pode impactar, futuramente, os preços do gás natural em Minas Gerais ocorreu em dezembro do ano passado, quando a Gasmig assinou, junto à Petrobras, mais um contrato para fornecimento do recurso. O novo contrato, porém, foi assinado com um reajuste de 40% sobre os preços do gás fornecidos à companhia. A previsão era de que a Petrobras aplicasse incrementos de até 50% no valor. 

Após a assinatura, a companhia também afirmou que a única empresa que atendeu ao chamamento público para suprir a demanda de gás natural da mineira foi a Petrobras. Até o fechamento desta reportagem, a Gasmig não confirmou, contudo, quando o reajuste passará a vigorar sobre as tarifas daqueles segmentos que não tiveram o preço congelado, mas afirmou que os 40% ainda não incidem sobre nenhum reajuste.

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