Gasmig dá início a obras do Gasoduto Centro-Oeste; veja 8 cidades onde ele vai passar

A Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) iniciou as obras do Gasoduto Centro-Oeste. Com aportes que devem somar mais de R$ 800 milhões, a construção do gasoduto é vista como uma ferramenta essencial para o desenvolvimento econômico da região e para a atração de novas indústrias.
Conforme os dados da Gasmig, as obras devem durar até o início de 2026. O gasoduto passará por oito municípios: Betim; Divinópolis; Igarapé; Itaúna; Juatuba Mateus Leme, São Joaquim de Bicas e Sarzedo. Estas cidades, juntas, respondem por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial e 7% do PIB total de Minas Gerais.
Para o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, a expansão do gasoduto para a região Centro-Oeste do Estado potencializará o desenvolvimento econômico.
“Este projeto da Gasmig contribui enormemente para o desenvolvimento da região, que já está acima da média do Estado e que, com essa fonte de energia, terá condição de crescer muito mais. Para mim é muito, muito bom ver que nós estamos dando aqui mais um passo”, disse Zema.

Desenvolvimento
O presidente da Gasmig, Gilberto Valle, também ressaltou a importância da expansão do gasoduto. “Este é um grande momento da empresa, o início das obras do nosso projeto Centro-Oeste Gás Natural. Gás natural é vetor de desenvolvimento e desenvolvimento é o que nos impulsiona. A região Centro-Oeste de Minas é importante para o setor industrial do Estado e ainda não contava com infraestrutura de gás natural”.
Ainda segundo Valle, a região Centro-Oeste é constituída por municípios com boa concentração demográfica. Há na região uma intensa atividade econômica, responsável por uma relevante parcela do PIB mineiro.
“A construção do sistema de distribuição de gás natural canalizado do Centro-Oeste exigirá investimentos de mais de R$ 800 milhões, gerando, assim, cerca de 15 mil empregos diretos e indiretos”.
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Conforme o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, haverá, nos próximos anos, mais investimentos na expansão do gasoduto.
“O investimento de R$ 800 milhões no gasoduto do Centro-Oeste será de recursos próprios da Gasmig, fruto da ampliação da sua outorga por mais 30 anos. Esse projeto vai ser o divisor de águas para a região, porque prepara os municípios para receberem ainda mais investimentos. Outros investimentos virão para que Minas Gerais possa ter uma malha de gasoduto muito maior e atender muito mais regiões no Estado”.
Obras do gasoduto
Conforme a Gasmig, as primeiras ligações ao sistema devem acontecer em meados de 2025, próximo a Betim. A conclusão do projeto, que será em Divinópolis, está prevista para o início de 2026. A estrutura do gasoduto foi projetada visando a expansão futura do sistema para o Triângulo Mineiro.
Conforme a Gasmig, o Gasoduto Centro-Oeste é o maior projeto de expansão da estatal desde 2010, quando finalizaram as obras dos gasodutos Vale do Aço e Sul de Minas.
A construção do gasoduto vai permitir um aumento de cerca de 300 quilômetros de extensão em linhas do sistema, gerando, assim, um acréscimo superior a 23% da malha atual da companhia. O potencial de consumo de gás natural do projeto é em torno de 230 mil metros cúbicos por dia, com captação estimada de quase 1.000 novos clientes industriais e comerciais.
A região Centro-Oeste se destaca por polos produtivos tradicionais na economia mineira, como os de Vestuário, de Calçados e de Fundição.
Além desses, mais APLs podem se beneficiar, em diferentes níveis, do gás natural na região, como o de Móveis de Carmo do Cajuru; de Calçados de Nova Serrana; Fogos de Artifício de Santo Antônio do Monte; Vestuário de Divinópolis; Confecção de Lagoa da Prata; Cachaça de Córrego Fundo, além de Avicultura e Suinocultura de Pará de Minas.
Gasoduto favorecerá a indústria da fundição

A fundição é um dos setores beneficiados pela construção do gasoduto na região Centro-Oeste de Minas Gerais. Conforme o presidente do Sindicato da Indústria de Fundição no Estado de Minas Gerais (Sifumg), Afonso Gonzaga, o projeto é fundamental para o setor.
“É de extrema importância, não só para a região Centro-Oeste, mas para o setor de fundição, com 247 empresas em Minas Gerais. O gasoduto vai proporcionar um menor custo para as empresas, vai gerar produtividade e tecnologia. Acima de tudo, oportunidades para que outras empresas cheguem à nossa região. Então, para nós, é o projeto de maior importância para a região Centro-Oeste nos últimos 26 anos”.
Quanto ao desempenho do setor em Minas Gerais, as estimativas são positivas e a tendência é continuar a crescer e a investir.
“Em 2023, o setor cresceu 6% e produzimos 669 mil toneladas. Para este ano, a previsão é de um crescimento de 10%. Vamos ter um ganho extremamente importante, porque nós vamos ter R$ 250 milhões de investimento. São aportes que trazem produtividade, melhoria de tecnologia”, disse Gonzaga.
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